logo Agência Brasil
Internacional

Dirigentes da Fifa presos na Suíça serão extraditados para os Estados Unidos

Giselle Garcia – Correspondente da Agência Brasil/EBC
Publicado em 27/05/2015 - 15:09
Copenhague

 

O brasileiro José Maria Marin está entre os detidos na Suíça por corrupção na Fifa

O brasileiro José Maria Marin está entre os detidos na Suíça por corrupção na FifaMarcus Brandt / Agência Lusa

Os sete líderes da Fifa detidos hoje (25) pela manhã, como resultado de uma investigação sobre amplo esquema de corrupção no futebol, serão extraditados para os Estados Unidos assim que possível. A informação é do porta-voz do Ministério da Justiça da Suíça, Folco Galli.

“Essas pessoas estão sob detenção, em vias de extradição, e serão ouvidas hoje. Elas terão a oportunidade de concordar com uma extradição simples ou se opor. Se não houver concordância, vamos solicitar às autoridades americanas que submetam um pedido formal de extradição em 40 dias”, explicou ele.

Galli informou que a confirmação da identidade dos líderes detidos será feita pelas autoridades norte-americanas, que coordenam a investigação.

As prisões foram feitas por policiais à paisana no hotel onde os executivos da Fifa estavam hospedados, em Zurique, na Suíça, para o encontro anual da entidade. Algumas das mais importantes figuras do futebol, entre elas o ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) José Maria Marin, foram detidas sem resistência.

Outros brasileiros envolvidos são José Hawilla, dono da Traffic Group, e José Margulies, proprietário de empresas de transmissão de eventos esportivos.

>> Acompanhe aqui a cobertura da Agência Brasil sobre a investigação na Fifa

Segundo nota oficial do Departamento de Justiça norte-americano, 14 réus, entre eles os executivos presos hoje, são acusados de extorsão, fraude, lavagem de dinheiro, entre outros delitos, em “um esquema de 24 anos de enriquecimento por meio da corrupção no futebol”.

Em outro desdobramento do caso, autoridades suíças abriram uma investigação para apurar se houve corrupção na escolha da Rússia e do Catar como países-sede das duas próximas Copas do Mundo, em 2018 e em 2022.

O porta-voz da Fifa, Walter de Gregorio, disse que a entidade não voltará atrás na escolha da Rússia e do Catar como países-sede. Gregorio assegurou que a eleição para a presidência da federação, marcada para a próxima sexta-feira (29), será feita conforme programado.