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Internacional

FBI identifica suspeito de matar nove pessoas em igreja na Carolina do Sul

Leandra Felipe - Correspondente da Agência Brasil/EBC
Publicado em 18/06/2015 - 12:33
 - Atualizado em 18/06/2015 - 13:28
Atlanta (EUA)

A Polícia Federal dos Estados Unidos (FBI) revelou hoje (18) a identidade do homem acusado de invadir a Igreja Africana Metodista Episcopal Emanuel, em Charleston, na Carolina do Sul, abrir fogo e matar nove pessoas na noite de quarta-feira (17). De acordo com o FBI, Dylann Storm Roff, de 21 anos, é de Columbia, Carolina do Sul. A polícia classificou o crime como de ódio, motivado por racismo.

Roff está foragido, mas a polícia americana já divulgou panfletos com fotos dele, quando ele entrava na igreja, uma das mais tradicionais e históricas da comunidade negra nos Estados Unidos.

A imprensa americana também divulgou imagens de uma página no Facebook, que acreditam ser o perfil pessoal do rapaz. A foto de perfil é parecida com a foto publicada pela polícia.

Roff tem passagem pela polícia por porte de drogas e invasão de domicílio. Em março, ele foi preso por porte de drogas e, no fim de abril, por ter invadido uma casa. O chefe da polícia de Charleston, Greg Mullen, pediu que qualquer informação ou pista sobre o jovem seja rapidamente repassada à polícia. “Ele é extremamente perigoso”, disse Mullen, em entrevista.

A imprensa no país conversou com um tio de Roff. Ele disse que o sobrinho ganhou uma pistola calibre 45, em abril. Segundo a família, o rapaz é calmo e fala pouco.

A comunidade norte-americana está chocada com o tiroteio porque a Igreja Africana Metodista Episcopal Emanuel é muito conhecida no país. Um dos fundadores da igreja foi Denmark Vesey, negro americano que foi escravo e participou da luta pela abolição da escravatura no país na década de 20 do século 19.

A igreja também foi palco da luta pelos direitos civis nos anos de 60 do século passado e, de seu púlpito, o ativista Martin Luther King fez um de seus conhecidos discursos em favor da liberdade e da igualdade dos direitos negros no país.

Matéria alterada às 13h28 do dia 18/06/2015 para corrigir informação no primeiro parágrafo