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Internacional

Epidemia de ebola ainda não acabou, alerta OMS

Paula Laboissière - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 08/07/2015 - 12:48
Brasília
Ebola (Ahmed Jallanzo/EPA/Agência Lusa/ Direitos Reservados)
© Ahmed Jallanzo/EPA/Agência Lusa/ Direitos Reservados
epa04406156 Liberians with symptoms of Ebola report to nurses in protective clothing at the John F. Kennedy (JFK) Ebola treatment center in Monrovia, Liberia 18 September 2014. In Geneva, Switzerland, the World Health

Mais de mil técnicos da OMS atuam em Serra Leoa, Libéria e GuinéAhmed Jallanzo/EPA/Lusa/Direitos Reservados

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou que, apesar dos avanços obtidos nos últimos meses, a epidemia de ebola ainda não acabou. Segundo a entidade, novos casos da doença continuam sendo identificados, com destaque para registros recentes na Libéria. Pelo último balanço, mais 20 foram confirmados na última semana de junho. A atual incidência do ebola varia de 20 a 27 novos casos por semana.

“No último ano, fizemos progresso ao estabelecer sistemas e ferramentas que nos permitem responder de forma rápida e efetiva. Graças à diligência e dedicação de milhares de cientistas, pesquisadores, voluntários e fabricantes, estamos numa situação melhor do que a que enfrentamos um ano atrás”, afirmou a organização.

A OMS destacou que a epidemia de ebola permanece em curso e que melhorias nos métodos de trabalho estão sendo incorporadas à medida em que são desenvolvidas. “Mas precisaremos ainda de muitos outros meses de trabalho árduo para alcançarmos o fim da epidemia e para impedir que a doença se espalhe por outros países.”

De acordo com a entidade, já existem quatro kits de diagnóstico rápido para o ebola, capazes de detectar a doença em poucas horas, além de 23 laboratórios habilitados para a testagem do vírus. A organização acredita que, em alguns meses, uma vacina segura contra o ebola estará disponível.

Ao todo, 1,1 mil técnicos especialistas da Organização Mundial da Saúde trabalham atualmente nos três países mais atingidos pela doença: Serra Leoa, Libéria e Guiné. A epidemia foi formalmente reconhecida pela OMS em março do ano passado. Ao todo, 27.443 casos foram registrados até junho deste ano, além de 11.220 mortes provocadas pela doença.