Acnur: ajuda de países ricos a refugiados sírios é 'fracasso coletivo"
A Agência das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) criticou os doadores internacionais pela lentidão em recolher fundos para ajudar as nações do Oriente Médio que enfrentam o fluxo de refugiados da vizinha Síria.
O total de mais de US$ 11 bilhões que os países desenvolvidos haviam prometido em fevereiro foi reduzido a menos de um quarto até agora, enquanto há cerca de 5 milhões de pessoas em risco na região, disse o diretor da Acnur para o Oriente Médio e Norte da África, Amin Awad.
"Eu acho que é um fracasso coletivo que devemos enfrentar", afirmou Awad em entrevista à agência France Presse. Para ele, "os estados na fronteira com a Síria estão decepcionados e abandonados à sua sorte".
O número de refugiados no mundo gira em torno de 60 milhões e mais de um terço são provenientes do Oriente Médio. Segundo o representante da Acnur, a região, que tem entre 5% e 7% da população mundial, produz de 35% a 40% dos refugiados.
Os recursos prometidos pelos doadores internacionais devem ser canalizados para ajuda humanitária direta, a projetos de desenvolvimento na Síria e países vizinhos, bem como à assistência ao Líbano, à Jordânia, Turquia e a outros países que acolhem milhões de refugiados sírios.
Em cinco anos de guerra, cerca de 4,8 milhões de sírios foram forçados a fugir do país e 6,6 milhões foram deslocadas internamente.