Colégio Eleitoral nos Estados Unidos vota para ratificar eleições

Publicado em 19/12/2016 - 18:12 Por Leandra Felipe - Correspondente da Agência Brasil - Estados Unidos

O colégio eleitoral norte-americano reúne-se hoje (19) em todos os estados do país para ratificar o resultado das eleições presidenciais. Ao todo, 538 delegados vão votar para confirmar a vitória do republicano Donald Trump. O que era para ser uma mera formalidade no processo eleitoral – a homologação do colégio eleitoral do resultado do pleito – está causando protestos nos Estados Unidos.

epaselect epa05623717 US Republican presidential nominee Donald Trump (C) delivers a speech on stage at Donald Trump's 2016 US presidential Election Night event as votes continue to be counted at the New York Hilton Mid

Donalds Trump  conquistou  306  delegados,  36

a mais que os 270 necessários para a vitória  no

colégio eleitoral Arquivo/Shawn Thew/EPA/Lusa

No Texas, na Pensilvânia e na Carolina do Norte, manifestantes pediram que os delegados impeçam a vitória de Trump, deixando a decisão para o Congresso. Geralmente os delegados seguem a orientação do partido que venceu no estado e somente referendam o resultado.

Nestas eleições, parte da opinião pública protesta e pressiona os delegados com petições eletrônicas em favor da mudança de voto do colégio eleitoral. Em uma delas, mais de 4 milhões de cidadãos pedem que o colégio eleitoral mude o voto e decida não eleger Trump.

Os delegados são cidadãos escolhidos pelos partidos políticos, e cabe a eles depositar em urnas um “certificado de voto” para confirmar o resultado do processo eleitoral feito em novembro.

Os nomes são designados pelo partido vencedor em cada estado. Os delegados escolhidos, em teoria, acompanham o voto das eleições nos estados. Por isso, Trump deve ter seu nome ratificado, porque obteve 306 delegados, 36 a mais que os 270 necessários para uma vitória no colégio eleitoral.

A controvérsia em torno da votação do colégio eleitoral advém do fato de Trump não ter vencido com maioria dos votos populares e também pelas escolhas que já fez para o seu gabinete, que desagradam até mesmo aos republicanos. 

Até agora, somente um delegado do Texas manisfestou-se publicamente e disse que vai votar contra a orientação (Trump venceu no estado), em favor de sua consciência. A expectativa é que o nome de Trump seja ratificado, ainda que possa haver mais dissidentes no colégio eleitoral este ano.

O resultado da votação desse colegiado será conhecido no dia 6 de janeiro, quando os votos serão contados pelo Congresso dos Estados Unidos. Na hipótese de o colégio eleitoral não aprovar a eleição de Trump, a decisão caberá aos parlamentares.

Se o nome dele for ratificado, Donald Trump tomará posse no dia 20 de janeiro de 2017.

Edição: Fábio Massalli

Últimas notícias