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Internacional

Macron, papa Francisco, Hillary e Hezbollah se solidarizam com Barcelona

Da Agência Brasil*
Publicado em 18/08/2017 - 09:51
Brasília
 Presidente da França, Emmanuel Macron
© Agência Lusa - FACUNDO ARRIZABALAGA
Van atropela pedestres no centro de Barcelona (Agência Lusa/Direitos Reservados)

Barcelona – Van atropela pedestres em área turística de Barcelona e deixa ao menos 13 mortos Andreu Dalmau/Agência Lusa/EPA/Direitos reservados

Menos de 24 horas após o ataque terrorista com uma van que avançou sobre pedestres na avenida turística Rambla, de Barcelona, deixando 14 mortos, as manifestações de apoio e solidariedade aos espanhóis, bem como de condenação ao terrorismo continuam. Na manhã de hoje (18) manifestaram-se o presidente da França, Emmanuel Macron; o papa Francisco; a ex-secretária de Estado norte-americana Hillary Clinton; e o grupo xiita libanês Hezbollah.

O presidente francês transmitiu, em comunicado, ao chefe do Governo espanhol, Mariano Rajoy, a solidariedade de seu país, após os atentados na Catalunha. Ele disse que seu país está disposto a contribuir "com toda ajuda necessária".

Segundo comunicado do governo francês, Macron e Rajoy falaram por telefone sobre a situação das vítimas, das "circunstâncias" dos ataques perpetrados em Barcelona e na vizinha Cambrils (Tarragona), e da investigação em curso. As autoridades dos dois países "estão em contato sobre a resposta que deve ser dada ao ocorrido", diz o governo da França.

O comunicado diz ainda que Macron e Rajoy farão uma nova análise da situação "nas próximas 48 horas" e lembrou que o ministro de Relações Exteriores, Jean-Yves Le Drian, viaja hoje a Barcelona para visitar os franceses feridos e expressar também à população e às autoridades espanholas seu apoio.

Em um telegrama enviado ao arcebispo de Barcelona, o cardeal Juan José Omella, o papa Francisco condenou nesta sexta-feira "a violência cega" dos atentados de ontem.

"O papa Francisco deseja expressar a sua mais profunda dor pelas pessoas que perderam a vida em uma ação tão desumana e oferece orações pelo seu eterno descanso", diz o telegrama assinado, como é habitual, pelo secretário de Estado, Pietro Parolin.

A mensagem continua: "Nestes momentos de tristeza e dor, ele quer enviar também o seu apoio e proximidade aos muitos feridos, às suas famílias e a toda a sociedade catalã e espanhola".

O pontífice também "condena, mais uma vez, a violência cega, que é uma ofensa gravíssima ao Criador, e eleva a sua oração ao Altíssimo para que nos ajude a continuar trabalhando com determinação pela paz e a concórdia no mundo".

"Com estes desejos, a sua santidade invoca sobre todas as vítimas, seus familiares, e o querido povo espanhol a bênção apostólica", conclui o texto.

Já a ex-secretária Hillary Clinton postou seu apoio a Barcelona no Twitter: "Barcelona, você tem a nossa determinação e apoio diante desse ataque covarde. Estamos juntos contra o terrorismo onde quer que aconteça", escreveu a ex-candidata presidencial democrata.

Ontem, diversos políticos americanos demonstraram solidariedade, entre eles o presidente, Donald Trump, e o seu antecessor no cargo, Barack Obama.

O grupo xiita libanês Hezbollah também condenou hoje os atentados e afirmou que o objetivo do Estado Islâmico (EI) é "difamar os princípios da Jihad e do Islã".

Em comunicado, o grupo xiita afirmou que "este novo crime é outra prova da tendência criminosa", pois sua "ideologia está baseada no ódio e tem como objetivo matar e destruir".

Além disso, o grupo sublinhou que atacar civis faz parte do esquema "satânico desses criminosos".

O grupo xiita libanês acrescenta que "dado que os ataques terroristas estão se estendendo por todo o mundo, é um dever eliminar a organização e enterrar suas ideias destrutivas".

Ataque

No final da tarde de ontem, uma van invadiu uma das principais vias turísticas de Barcelona e atropelou dezenas de pedestres ao longo de 600 metros, deixando 13 mortos e cem feridos. 

Horas depois, no município de Cambrils, 130 quilômetros ao sul de Barcelona, outro veículo também atropelou pedestres deixando uma mulher morta. Durante um tiroteio, agentes policiais mataram quatro terroristas relacionados a este ataque.

*Com informações da Agência EFE