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Internacional

Consulado de Cuba em Washington fica com apenas um funcionário após expulsões

Da Agência EFE
Publicado em 03/10/2017 - 20:02
Havana
Chanceler cubano, Bruno Rodríguez
© Alejandro Ernesto/EFE
Chanceler cubano, Bruno Rodríguez

Chanceler cubano, Bruno RodríguezAlejandro Ernesto/EFE

O consulado de Cuba em Washington, Estados Unidos, ficará com apenas um funcionário para atender à grande comunidade local, adiantou nesta terça-feira (3) o chanceler cubano, Bruno Rodríguez, que denunciou a "situação de extraordinária precariedade" da sede diplomática do país após a expulsão da maioria dos trabalhadores pelo governo americano. A informação é da EFE.

Rodríguez criticou também a decisão do Departamento de Estado dos EUA de reduzir drasticamente o número de seus diplomatas na Embaixada americana em Havana após supostos "ataques acústicos" e apontou os efeitos negativos da medida sobre as relações entre os dois países, restabelecidas em julho de 2015 após mais de meio século de rompimento.

"Como poderá ser avaliado o impacto disso nos temas de reunificação familiar e concessão de vistos ao serem cortados bruscamente e de maneira quase total os serviços consulares em Havana e Washington?", questionou à imprensa o chefe da diplomacia cubana.

Fontes da chancelaria da ilha confirmaram à Agência EFE que, após o iminente retorno dos diplomatas cubanos, em um prazo de 15 dias, continuarão em Washington apenas oito dos 23 funcionários que trabalhavam originalmente na representação de Cuba nos EUA.

"A situação do consulado de Cuba em Washington é de extraordinária precariedade. A partir da decisão de retornar o pessoal, ficou um só funcionário consular", comentou Rodríguez. Segundo ele, isso "lamentavelmente" se repetirá em Havana, onde a Embaixada americana suspendeu indefinidamente os trâmites de solicitação de vistos e manterá apenas os serviços para casos de emergência.

"Ataques acústicos"

O chanceler negou categoricamente a participação de Cuba nos supostos "ataques acústicos" contra diplomatas americanos e suas famílias em seu território, o que os EUA usaram como pretexto para retirar dois terços dos diplomatas da ilha sem "provas conclusivas".

"A prioridade está na segurança, no conforto do pessoal americano no exterior. Se o governo dos Estados Unidos aplicasse estes padrões para o serviço exterior, teria de estar fechando dezenas de embaixadas no mundo todo agora", criticou.

Rodríguez afirmou "categoricamente" que "desde a criação do Escritório de Interesses de Cuba em Washington (1977) até este minuto os funcionários diplomatas cubanos jamais realizaram nem realizam atividades de inteligência".