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Internacional

ONU eleva para mais de 600 mil número de refugiados rohingyas em Bangladesh

Da EFE*
Publicado em 22/10/2017 - 13:48
Daca
Refugiados rohingya recém-chegados ao campo de Cox’s Bazar, em Bangladesh
© Unicef/Brown/ONU
Refugiados rohingya recém-chegados ao campo de Cox s Bazar, em Bangladesh

Refugiados rohingya recém-chegados ao campo de Cox’s Bazar, em BangladeshUnicef/Brown/ONU

A ONU disse neste domingo (22) que o número de refugiados rohingyas que fugiu de Mianmar para Bangladesh desde o último dia 25 de agosto já ultrapassa os 600 mil, depois da chegada de 14 mil pessoas dessa minoria muçulmana na última semana. As informações são da EFE.

O Grupo de Coordenação Intersetorial da ONU estima que 603 mil membros da minoria estejam em Bangladesh, sendo que a maioria deles, cerca de 325 mil, estão no acampamento principal de Kutupalong.

A ONU classificou a situação como uma "emergência humanitária crítica" e afirmou que os refugiados, após esgotarem seus recursos na viagem, dependem de ajuda para comer e sobreviver.

Por causa do rápido êxodo, os serviços básicos que já existiam estão sob pressão e há risco de surgimento de focos de doenças devido à ausência de água potável e instalações sanitárias em muitos dos acampamentos espontâneos erguidos pelos próprios rohingyas.

Os recém-chegados continuam indo em direção a Cox's Bazar, o distrito mais próximo da fronteira com Mianmar e onde os rohingyas estão se concentrando. Muitos deles, no entanto, estão indo para um terreno que o governo de Bangladesh destinou para um novo campo.

Porém, nesse novo local, não há ainda nenhum serviço básico, nem a infraestrutura necessária para receber os refugiados, disse a ONU.

A crise dos rohingyas começou no último dia 25 de agosto, após um ataque de um grupo insurgente desta minoria muçulmana contra instalações das forças de segurança de Mianmar no estado de Rakhine, uma ação que foi respondida pelo Exército com uma campanha que ainda está em andamento na região.

Mianmar não reconhece os rohingyas como cidadãos do país. Já Bangladesh, onde antes da crise já viviam cerca de 300 mil membros desta minoria, os tratou sempre como estrangeiros.

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