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Internacional

Síria: enviado russo diz que Assad está comprometido com reformas após guerra

Da Agência EFE
Publicado em 30/10/2017 - 15:56
Astana

O presidente sírio, Bashar al Assad, mantém o compromisso de realizar reformas políticas na Síria após a conclusão da fase militar do conflito, disse nesta segunda-feira (30), em Astana, capital do Cazaquistão, o enviado russo em Damasco, Alexander Lavrentiev. A informação é da EFE.

"Na semana passada estivemos na capital síria, onde tivemos uma conversa profunda com o presidente Bashar al Assad. Estávamos especialmente interessados em saber qual é a posição do seu governo sobre a posterior regulação política e qual a sua visão", disse Lavrentiev às emissoras russas RT e Rossiya 24.

As declarações coincidem com o início da sétima rodada de negociações na capital cazaque sobre o cumprimento do cessar-fogo na Síria, batizada de Astana 7, que ocorre até amanhã.

"O importante é que Assad fez uma declaração na qual afirmou que (o governo de) Damasco segue comprometido a lançar reformas políticas depois que a fase militar principal da luta contra o terrorismo acabar", acrescentou. Segundo o enviado russo, o presidente sírio "está realmente disposto a encontrar formas de alcançar a reconciliação".

"Falamos detalhadamente sobre o lançamento de um processo para o diálogo político entre várias partes da sociedade síria", ressaltou Lavrentiev.

Cessar-fogo

O porta-voz do Ministério de Relações Exteriores cazaque, Anwar Zhainakov, disse que nesta segunda-feira acontecerão reuniões bilaterais e multilaterais para debater questões da agenda, com portas fechadas à imprensa.

A sessão plenária do encontro Astana-7 ocorrerá na terça-feira, e, além de Lavrentiev como enviado da Rússia, estarão os representantes dos outros dois países fiadores do acordo de cessar-fogo, Turquia e Irã.

A delegação da Turquia estará liderada pelo vice-ministro de Relações Exteriores, Sedat Önal, e a iraniana pelo vice-ministro da pasta, Hossein Jaberi Ansari . Também estarão presentes delegações do governo sírio e da oposição e, como observadores, haverá representantes da ONU, dos EUA e da Jordânia.

Estas negociações focarão na criação de um grupo de trabalho para tramitar a libertação de prisioneiros e reféns, a entrega dos corpos de soldados mortos em combate e a busca de desaparecidos.

Todas as delegações participantes das consultas já chegaram a Astana, segundo o Ministério de Relações Exteriores do Cazaquistão.

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