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Internacional

Após recomendações da OEA, Nicarágua se diz aberta ao diálogo

Renata Giraldi - Repórter da Agência Brasil*
Publicado em 23/05/2018 - 07:34
Brasília

Após a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), vinculada à Organização dos Estados Americanos (OEA) fazer 15 recomendações ao governo da Nicarágua para cessar a violência e a censura no país, as autoridades anunciaram que estão dispostas ao diálogo.

A vice-presidente da Nicarágua, Rosario Murillo, afirmou que o povo nicaragüense deve buscar superar as dificuldades e os desafios. “O governo da Nicarágua confia plenamente na mesa de diálogo mediada pela Conferência Episcopal, que permitirá a retomada da paz”, disse.

Depois de uma visita de quatro dias ao país, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos concluiu que a série de manifestações, que começou em abril na Nicarágua, deixou, pelo menos, 76 mortos e 868 feridos, além de levar à prisão 438 civis entre estudantes, defensores de direitos humanos e ativistas. Em nota, a CIDH apelou ao governo do presidente Daniel Ortega para “cessar imediatamente a repressão” aos protestos.

As manifestações em Manágua e mais seis cidades da Nicarágua ocorrem desde 18 de abril. Os manifestantes se queixam da violência do governo Ortega e das mudanças que pretende impor na Previdência Social.

Por quatro dias, os integrantes da CIDH examinaram documentos, ouviram depoimentos e observaram cuidadosamente os casos relacionados aos protestos. Além disso, visitaram cidades, instalações estaduais, centros de saúde, hospitais, o Instituto de Medicina Legal e centros de detenção.

*Com informações da OEA, da Conferência Episcopal da Nicarágua e da Telesur, emissora pública de televisão da Venezuela