Cem mil pessoas devem lotar Windsor para acompanhar casamento real
Cerca de 100 mil pessoas são esperadas nas ruas da pequena cidade de Windsor, a cerca de 30 quilômetros de Londres, para acompanhar de perto o casamento do príncipe Harry com a atriz norte-americana Meghan Markle. Os noivos vão oficializar a união hoje (18) ao meio-dia (horário local, 8h de Brasília) na Saint George's Chapel (Capela de São Jorge).
A união dos dois parece trazer um pouco de frescor e modernidade à família real britânica. Divorciada, estrangeira, feminista e filha de pai branco e mãe negra, Meghan deixará a realeza um passo mais próxima da realidade multiétnica da Inglaterra. Há quem vá fantasiado, com trajes excêntricos, bandeiras e chapéus coloridos. Há também os admiradores da princesa Diana (que morreu em 1997), que vão prestar sua homenagem e apoio ao caçula Harry. Enfim, há gente de todos os lugares do mundo, inclusive brasileiros – tanto turistas quanto aqueles que moram na Inglaterra.
A cerimônia religiosa, que tem previsão para acabar às 13h (9h de Brasília), será restrita para 600 pessoas, apesar de a capela ter capacidade para até 800. Ao final, os recém-casados farão um percurso até o Castelo de Windsor na carruagem real. Durante aproximadamente 25 minutos, eles farão um pequeno tour pela cidade de Windsor, passando pela avenida Long Walk e voltando ao castelo. Telões espalhados pela cidade transmitirão imagens ao vivo para o público.
Mais de 2,6 mil pessoas foram convidadas a assistir a chegada dos noivos e dos convidados à capela e ver a procissão da carruagem dentro das muralhas de Windsor.
A lista inclui 1,2 mil pessoas de todas as partes do Reino Unido, de diversas idades e origens, inclusive jovens que exercem algum tipo de liderança em suas comunidades. Foram ainda convidadas 200 pessoas que fazem parte de instituições de caridade, 610 membros da comunidade do Castelo de Windsor, 530 membros de famílias reais e 100 crianças de escolas locais.
Harry e Meghan optaram por não convidar líderes políticos como o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ou a primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May. O casal Obama, amigo dos noivos, também não foi convidado.
A poucos dias do casamento, o pai de Meghan Markle foi submetido a uma cirurgia cardíaca e não poderá levar a filha ao altar. Ontem (18), um comunicado divulgado pelo Twitter do Palácio de Kensington informava que o príncipe Charles, pai de Harry, foi convidado por Meghan para acompanhá-la ao altar.
De noite, os recém-casados comemorarão com uma recepção para apenas 200 convidados, amigos próximos e parentes, na Casa Frogmore, antiga residência de membros da realeza ao longo da história.
Os custos com a celebração, que incluem os gastos com igreja, flores, música, comida e bebidas, ficará por conta da família real, segundo o Palácio de Kesington (residência do príncipe William e da princesa Kate Middleton, respectivamente Duque e Duquesa de Cambridge). Estima-se que os valores podem chegar a 32 milhões de euros, sendo quase 30 milhões gastos com a segurança do evento.
Não será preciso viajar para Windsor para acompanhar de perto a cerimônia, pois as bodas serão transmitidas por diversos canais de televisão e na internet. A transmissão já faz parte da tradição britânica. Começou na união da rainha Elizabeth II com o príncipe Philip, em 1947. Depois foi a vez do casamento da princesa Diana e do príncipe Charles, em 1981. Em 2011, a união do príncipe William com Kate Middleton, entrou para o Guinness, o Livro dos Recordes. Foi o evento que gerou o maior número de transmissões ao vivo na história da internet até a data.