Líder das Farc vota pela primeira vez e pede reconciliação na Colômbia
O líder do partido colombiano Força Alternativa Revolucionária do Comum (Farc), Rodrigo Londoño, conhecido em sua época de guerrilheiro como Timochenko, votou neste domingo (27) nas eleições presidenciais do país, a primeira de que participa. Ele disse ter esperança de que o processo eleitoral incentive a reconciliação.
"Estamos aqui vivendo um momento muito especial, o convite é para que todo o mundo exerça este direito. Façamos deste dia um dia de reconciliação entre todos os colombianos", disse aos jornalistas o líder do partido Farc, que não apresentou candidato nas eleições.
Londoño, de 59 anos, confessou que ficou nervoso e foi tomado pela emoção em sua primeira votação presidencial, por isso que temia errar ao marcar seu voto.
Perguntado sobre tem medo de que um novo presidente possa alterar o acordo de paz, afirmou que "toda mudança traz temor", mas acrescentou que "é preciso criar expectativas".
"Acredito que a Colômbia quer transitar pelo caminho da paz e reconciliação para construir a paz. Acredito que a grande maioria está aqui por isso e tenho certeza que vamos nos expressar dessa forma", concluiu Londoño.
Mais de 36,2 milhões de colombianos foram chamados para escolher o sucessor de Juan Manuel Santos, que será presidente do país entre 2018 e 2022.
O candidato uribista Iván Duque parte como favorito em todas as pesquisas à frente do esquerdista Gustavo Petro, do movimento a Colômbia Humana, e do candidato de centro-esquerda Sergio Fajardo.
Também são candidatos Germán Vargas Lleras, do movimento de centro-direita Melhor Vargas Lleras; Humberto de la Calle, do Partido Liberal, e o pastor evangélico Jorge Antonio Trujillo, do Todos Somos a Colômbia.
Se nenhum dos candidatos obtiver hoje a metade mais um dos votos, como indicam as pesquisas, a Presidência será definida em segundo turno, marcado para 17 de junho.