Trump pede pena de morte para quem matar policiais nos EUA

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu hoje (15) que pessoas que matam policiais no país sejam condenadas a morte, resgatando assim uma ideia proposta por ele durante a campanha eleitoral.
"Temos que acabar com os ataques a nossa polícia. Acreditamos que os criminosos que matam nossos policiais deveriam receber a pena de morte", disse o presidente americano durante uma homenagem no Capitólio aos agentes mortos em serviço.
Trump não quis dar detalhes de como planeja colocar a medida em prática. A tarefa deve ser complicada já que a pena capital não é legal em todos os estados do país. No entanto, o presidente disse que ordenou que o Departamento de Justiça faça tudo o que estiver ao alcance do órgão para acabar com os ataques às forças de segurança.
Há dois meses, Trump anunciou que a Casa Branca pediria a pena de morte para os narcotraficantes sempre que a hipótese seja legal, uma tentativa do governo de combater a epidemia de dependência de opioides que mata 175 pessoas por overdose no país todos os dias.
O presidente quis hoje aplicar esse remédio contra os acusados de matar policiais, um grupo defendido ferozmente por ele desde a campanha eleitoral.
"Vocês podem acreditar que haja tanto preconceito contra nossos policiais? Não vamos deixar que coisas ruins ocorram com os nossos policiais. Devemos mostrar gratidão a eles", ressaltou Trump.
Ainda nas primárias para definir o candidato do Partido Republicano à presidência do país, Trump prometeu no estado de New Hampshire que, se fosse eleito, assinaria uma ordem executiva instruindo o governo a buscar a pena de morte para os considerados culpados de matar membros das forças de segurança. Ele ainda não foi cumpriu a promessa.
Trump voltou a exigir que o Congresso reforce a fronteira com o México, acabe com as chamadas "cidades-santuário", que protegem os imigrantes ilegais, e ponha fim às políticas que devolvem criminosos violentos para a sociedade americana.
"Já não queremos isso. Estamos fartos. Basta!", afirmou.


