Brasileiros destacam vantagens da "terrinha"
Os brasileiros que migram para Portugal enumeram uma série de vantagens em relação à vida no Brasil, como a saúde, a educação e o transporte públicos.
Embora subsidiado apenas parcialmente pelo governo, os atendimentos em saúde prezam pelo alto nível e pela agilidade. Nos postos de saúde, uma consulta com clínico geral pode custar entre 4 e 7 euros, aproximadamente de R$ 20 a R$ 30.
Há também elogios ao transporte público. Em Lisboa e no Porto, duas das principais cidades do país, existem várias linhas de metrôs, bondinhos, trens e ônibus. O passe mensal, que dá direito a viagens ilimitadas em todos os meios de transporte, custa, na capital, cerca de 36 euros, o equivalente a R$ 160.
A educação pública de qualidade também é citada por muitos brasileiros como um grande diferencial do país europeu. Além disso, a gastronomia rica, com belos doces, pães e pescados, e os bons vinhos, que são muito mais baratos do que no Brasil, também são apontados como vantagens.
Aliado a isso, a questão do idioma que facilita a comunicação.
No ano passado, Portugal foi considerado o melhor país para se viver e trabalhar, de acordo com o ranking Expat Insider. Os brasileiros também apontam como benefícios o baixo custo de vida e a inserção cultural.
Atualmente os brasileiros formam a maior comunidade de estrangeiros em Portugal com cerca de 80 mil pessoas, sem considerar os chamados ilegais. Os brasileiros já representam cerca de 30% dos estrangeiros nas universidades portuguesas.
Estados Unidos
Antes de Portugal, o país mais desejado como destino, segundo a DataFolha, são os Estados Unidos que têm a maior comunidade de brasileiros em todo o mundo.
Apesar de os dados serem variáveis devido ao elevado fluxo de pessoas que vão e vêm, a estimativa é de uma comunidade de 1,3 milhão de brasileiros em cidades norte-americanos.
O número de vistos de residência para imigrantes brasileiros nos Estados Unidos em 2017 ultrapassou os 3.300, o dobro do registrado em 2008.
A pesquisa DataFolha mostra que, em relação ao nível de escolaridade, quanto maior a graduação, mais os brasileiros querem deixar o país. No grupo com nível superior, 56% afirmaram que sairiam do país se pudessem. Entre os que têm nível médio, o percentual é de 48% e entre aqueles com ensino fundamental, 27%.