ONU pede ação para erradicar discriminação contra comunidade LGBT

Publicado em 18/06/2018 - 09:22 Por Da Agência EFE - Genebra

Um especialista em direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) pediu nesta segunda-feira (18) a todos os Estados-membros que tomem "ações urgentes" para erradicar a violência e discriminação contra a comunidade LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros).

Assim afirmou o novo relator especial da ONU para a proteção contra a violência e a discriminação baseada na orientação de gênero e identidade sexual, Victor Madrigal-Borloz, em seu primeiro discurso oficial perante a 38ª sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU, que começou hoje em Genebra.

bandeira LGBT
Mais de 3 bilhões de pessoas vivem em países nos quais as leis ou outras medidas criminalizam seus cidadãos pela sua orientação sexual, diz especialista da ONU - Marcello Camargo/Arquivo/Agência Brasil

 

"A cada dia milhões de lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e pessoas com outras identidades sexuais são submetidas a ações de grande crueldade unicamente baseadas em quem são ou ao que desejam ser", sustentou Madrigal-Borloz.

"Negar este fato é ofensivo para a dignidade de todos os que estão sujeitos à discriminação, assim como para a consciência global".

Neste sentido, defendeu que "se opor a criar ações para proteger este coletivo desafia a lógica e qualquer justificativa".

O relator opinou que o estigma e os preconceitos, reforçados por leis e regulações discriminatórias, são "a raiz" da violência e da discriminação e garantiu que "nenhum país e nem região do mundo estão isentas desta praga".

O especialista denunciou que mais de 3 bilhões de pessoas vivem em países nos quais as leis ou outras medidas criminalizam seus cidadãos pela sua orientação sexual, por isso que considera que o reconhecimento do problema e a adoção de medidas efetivas comportariam uma "diferença significativa".

Por isso, pediu a todos os membros das Nações Unidas que escutem o testemunho de pessoas afetadas pela discriminação e que "empreendam ações".

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