Trump ataca imigrantes e insiste em reforçar fronteira
O presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, voltou a atacar nesta quinta-feira (21) os imigrantes ilegais e insistiu em reforçar a fronteira sul com um muro e com mais agentes de segurança, depois de ordenar ontem o fim da separação das crianças imigrantes de seus pais.
"Deveríamos mudar as nossas leis (de imigração), construir o Muro (na fronteira com o México), contratar Agentes Fronteiriços e do ICE (Serviço de Imigração e Alfândega)", afirmou Trump no Twitter.
"A fronteira foi uma grande desordem e um problema durante muitos anos", acrescentou Trump.
O presidente americano também criticou os líderes das minorias democratas no Senado e na Câmara dos Representantes, Chuck Schumer e Nancy Pelosi, respectivamente, aos quais rotulou de "fracos" em questões de criminalidade e segurança fronteiriça.
"(Schumer e Pelosi) serão forçados a alcançar um pacto real, muito fácil, que resolva este problema de longa duração", disse Trump, ao se referir ao debate migratório que acontecerá hoje no Congresso americano, no qual serão expostas duas propostas de lei que incluem vários aspectos de imigração.
O decreto que Trump assinou ontem põe fim à separação das famílias na fronteira com o México, mas não resolve a situação dos mais de 2,3 mil menores que já foram separados de seus pais.
Ao invés de serem afastadas de seus pais ao cruzarem a fronteira, como ocorria desde abril, a partir de agora as crianças imigrantes ilegais serão retidas indefinidamente junto com seus familiares em centros de detenção de imigrantes, segundo a ordem.
As polêmicas separações familiares começaram em abril por causa da política de "tolerância zero" promovida pelo procurador-geral dos EUA, Jeff Sessions para combater a imigração irregular.
Essa política determina que qualquer adulto que cruzar ilegalmente a fronteira estará sujeito a um processo criminal, e o início do mesmo levava à separação das crianças com as quais tinham viajado.