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Internacional

Venezuela e Nicarágua dominarão debates na assembleia da OEA

Renata Giraldi - Repórter da Agência Brasil*
Publicado em 04/06/2018 - 07:29
Brasília

O acirramento da violência na Nicarágua e a situação política e econômica na Venezuela vão dominar as discussões da 48ª Assembleia Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), em Washington (EUA), que começa hoje (4) e termina amanhã. O ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira, representa o Brasil.

Alguns dos representantes dos 35 países que compõem a OEA estudam aprovar até amanhã uma resolução em que questionam a legitimidade do governo reeleito de Nicolás Maduro, na Venezuela. Também há a hipótese de ser aprovada uma decisão com uma série de sanções ao país.

O Grupo de Lima, do qual faz parte o Brasil, já divulgou uma posição crítica à reeleição de Maduro e na qual levanta dúvidas sobre o processo eleitoral no país, uma vez que a abstenção foi elevada e há denúncias de perseguição política aos adversários de Maduro.

Nicarágua

“Só a Justiça é capaz de recuperar a Nicarágua”, alertou o secretário-geral da OEA, o uruguaio Luis Almagro, que é fortemente criticado por autoridades da Venezuela e da Bolívia. “Eleições livres são o único caminho para a Nicarágua.”

Duas propostas estão em discussão na Nicarágua, que vive em clima de embates desde abril, registrando pelo menos 110 mortos em conseqüência de protestos contra o governo de Daniel Ortega.

Uma recomendação apresentada pelos Estados Unidos sugere medidas duras contra o governo Ortega. Outra que, ao que tudo indica tem maioria, propõe o envio de observadores estrangeiros ao país. Desde 18 de abril, manifestações dominam a Nicarágua em protesto contra a reforma da Previdência e a falta de liberdade de expressão. As repressões policiais são intensas e os embates constantes.

Direitos

Ontem (3), houve uma prévia da reunião com a participação de integrantes da sociedade civil organizada: trabalhadores, representantes de grupos de minorias, como indígenas e mulheres. Todos pediram Justiça, liberdade e mais participação nas decisões políticas de uma forma geral.

 

*Com informações da Télam, agência pública de notícias da Argentina, e da OEA.