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Internacional

Libertadores: prefeito de Buenos Aires atribui incidentes a máfias

Agência EFE
Publicado em 26/11/2018 - 07:34
Buenos Aires
Fãs do River Plate se revoltam com o adiamento da Final da Copa Libertadores 2018, na Argentina.
© Alberto Raggio/Reuters/Direitos reservados
Agência EFE

O prefeito de Buenos Aires, Horacio Rodríguez Larreta, responsabilizou os torcedores violentos, aos quais acusou de serem "máfias infiltradas no futebol há mais de 50 anos", pelos incidentes na entrada do estádio do River Plate, no último sábado, que levaram ao adiamento sem data definida da final da Libertadores.

Larreta deu entrevista coletiva depois de a Conmebol anunciar a decisão de suspender o jogo entre River e Boca Juniors, que foi adiado por causa dos distúrbios.

Fãs do River Plate se revoltam com o adiamento da Final da Copa Libertadores 2018, na Argentina.
Torcedores do River Plate se revoltaram com o adiamento da final da Copa Libertadores 2018, na Argentina   (Alberto Raggio/Reuters/Direitos reservados)

O prefeito reconheceu que sua presença pretendia a princípio dar tranquilidade a quem foi ao estádio Monumental de Nuñez ver a decisão.

"Tomamos todas as medidas reforçando a segurança a partir da experiência de sábado, pondo, inclusive, mais soldados especialmente nas imediações do estádio", acrescentou Larreta, que pediu ir "a fundo" na investigação dos incidentes, "abrindo um inquérito para determinar responsabilidades e ver o que podia ter sido feito melhor".

Violência

"Peço às pessoas que fiquem atentas a situações anômalas ou de violência, porque há algo contra o que é muito difícil lutar, que é a estupidez humana", acrescentou, lamentando as imagens como as de uma mulher escondendo fogos de artifício em uma menina para supostamente entrar no estádio e as de "idiotas que a única coisa que fazem é jogar pedras".

"Isto é uma mostra de que a estupidez humana está muito presente ao redor do futebol e muitas vezes não tem limites", disse Larreta.

"Não concordo em generalizar. Vi editoriais mostrando que é um problema de todos os argentinos. Eu acredito que não é assim. Havia mais de 60 mil pessoas que entraram de forma totalmente pacífica no estádio", afirmou o prefeito.

Larreta disse que os distúrbios do sábado (24) foram uma resposta à operação policial na qual foram confiscados 300 ingressos de revenda ilegal.

"Aí está o problema: 300 pessoas que antes entravam no estádio ontem não puderam entrar. Foram os principais protagonistas de todos os desmandos que incluíram as pedradas no ônibus dos jogadores do Boca. Vamos até o fim contra os barras bravas (torcedores violentos), aconteça o que acontecer custe o que custar", prometeu o prefeito.