Trump diz que Senado é sua prioridade nas eleições legislativas

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, admitiu neste domingo (4) que se concentrou "principalmente" em ampliar a maioria republicana no Senado em sua campanha para as eleições legislativas da próxima terça-feira (6), apesar de os democratas terem mais chances de conseguir mais cadeiras na Câmara dos Representantes.
"Para nós é bom ir bem na Câmara dos Representantes, mas como sabem, o meu enfoque principal foi o Senado, e acho que vamos nos sair realmente bem no Senado", disse Trump em declarações aos jornalistas ao deixar a Casa Branca rumo a Macon (Geórgia).
Trump já reconheceu na sexta-feira que os democratas "podem" recuperar o controle da Câmara dos Representantes, onde os republicanos têm maioria desde 2011, e hoje justificou sua decisão de não investir mais esforços para impedir que isso aconteça.
"Não posso fazer campanha por todos esses congressistas. Há muita gente na Câmara Baixa. Seriam muitos comícios", opinou.
A oposição a Trump precisa ganhar 23 cadeiras para tomar as rédeas da Câmara dos Representantes, e os analistas calculam que este número pode chegar a 35.
Por outro lado, o cenário é muito menos favorável para os democratas no Senado, onde têm que defender mais assentos que os republicanos, e em estados especialmente conservadores.
Diante desse panorama, Trump manteve o foco em candidatos ao Senado e a governador em estados que ganhou em 2016 e onde se sente confortável, e deu menos atenção à Câmara Baixa, em parte porque muitas de suas cadeiras chave são disputadas disputam em subúrbios de cidades majoritariamente democratas.
O líder previu hoje que seus frequentes comícios podem repercutir na soma de "cinco, ou seis, ou sete" cadeiras republicanas a mais para aumentar a maioria do partido no Senado, de 51 dos 100 assentos.
Trump tinha dois atos de campanha programados para hoje, o primeiro na Geórgia, onde a campanha pelo governo do estado está muito equilibrada, e o segundo no Tennessee, onde quer potencializar a leve vantagem nas pesquisas da candidata republicana ao Senado, Marsha Blackburn.


