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Internacional

Promotores realizam buscas na residência de Carlos Ghosn

Ex-executivo da Nissan usou passaporte francês para deixar Japão
NHK (Conglomerado de mídia pública do Japão)
Publicado em 02/01/2020 - 08:34
Tóquio
Officials from the Tokyo District Public Prosecutors Office carry bags after raiding the Tokyo residence of former Nissan chairman Carlos Ghosn in Tokyo, Japan in this photo taken by Kyodo January 2, 2020. Mandatory credit Kyodo/via REUTERS
© REUTERS/ KYODO/ direitos reservados

Promotores japoneses iniciaram buscas na residência onde o ex-presidente do conselho de administração da Nissan Motor, Carlos Ghosn, morava, em Tóquio, quando estava solto sob fiança.

A promotoria realizou buscas na residência no distrito de Minato na quinta-feira diante da suspeita de que Ghosn tenha deixado o Japão por meios ilegais.

O banco de dados da Agência do Serviço de Imigração não tem registro da partida de Ghosn do Japão.

A promotoria e a polícia estão buscando detalhes de como o executivo escapou do país.

Agências de notícias internacionais disseram que o advogado de Ghosn anunciou uma coletiva de imprensa a ser concedida no próximo dia 8, em Beirute.

As atenções estão voltadas para a possibilidade de Ghosn explicar como escapou enquanto estava solto sob fiança sem ser detectado pela imigração e outras autoridades.

Passaportes

A NHK apurou que Ghosn possui dois passaportes franceses, tendo recebido permissão de um tribunal japonês para que mantivesse um deles em uma caixa trancada.

O executivo partiu do Japão clandestinamente enquanto estava em liberdade sob fiança e chegou no Líbano na segunda-feira (30). De acordo com autoridades libanesas, um homem que acredita-se ser Ghosn mostrou um passaporte francês com o nome dele ao entrar no país.

Carlos Ghosn foi denunciado por suspeita de irregularidades financeiras no Japão. Ao ser libertado sob fiança, em abril, os advogados do executivo foram obrigados a reter os passaportes dele.

Os advogados ficaram de posse dos passaportes de Ghosn, emitidos por França, Brasil e Líbano, conforme estipulado nas condições de liberdade provisória.

Segundo fontes, a França havia emitido dois passaportes para o executivo por algum motivo e, inicialmente, os advogados estiveram de posse dos documentos.