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Internacional

Covid-19: Senado dos EUA aprova plano de US$2 tri de combate à crise

Pacote inclui empréstimos para pequenas empresas e auxílio-desemprego
Richard Cowan, David Morgan e Patricia Zengerle - Reuters
Publicado em 26/03/2020 - 10:23
Washington
Reuters

O Senado dos Estados Unidos aprovou por unanimidade um projeto de lei de 2 trilhões de dólares pra ajudar trabalhadores desempregados e indústrias afetadas pela epidemia do coronavírus, além de fornecer bilhões de dólares para comprar urgentemente equipamento médico necessário.

Após fortes negociações, o profundamente dividido Senado se uniu e aprovou o projeto de lei por 96 a zero, o que envia o pacote de estímulo à Câmara dos Deputados para votação na sexta-feira.

O presidente Donald Trump, cujos principais assessores ajudaram a negociar a medida bipartidária, prometeu promulgá-la assim que ela chegar à sua mesa. "Vou assiná-la imediatamente", disse Trump a repórteres na quarta-feira.

O pacote de resgate --que pode ser o maior já aprovado pelo Congresso-- inclui um fundo de 500 bilhões de dólares para ajudar indústrias afetadas e um valor semelhante para pagamentos diretos de até 3 mil dólares para milhões de famílias norte-americanas.

A lei também fornecerá 350 bilhões de dólares para empréstimos a pequenas empresas, 250 bilhões para auxílio-desemprego e ao menos 100 bilhões para hospitais e sistemas de saúde relacionados.

Líderes do Senado destacaram a natureza histórica do desafio apresentado pelo coronavírus, que o líder da maioria democrata no Senado, Chuck Schumer, chamou de "doença estranha e maligna".

O pacote tem o objetivo de inundar a economia com dinheiro em uma tentativa de conter o impacto da epidemia que matou mais de 900 pessoas nos Estados Unidos e infectou ao menos 60 mil.

Assessores de Trump e senadores de ambos os partidos anunciaram que chegaram a um acordo sobre o pacote de estímulos sem precedentes nas primeiras horas de quarta-feira, após cinco dias de negociações.

Mas ela foi atrasada por críticas tanto da direita quanto da esquerda na quarta-feira, levando a votação final a durar quase um dia inteiro.da Agência Brasil.