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Internacional

FMI: retomada econômica mais ágil pode somar US$ 9 tri à renda global

Prazo para que isso ocorra é até 2025, diz diretora do Fundo Monetario
David Lawder e Rodrigo Campos - Repórteres da Reuters
Publicado em 15/10/2020 - 16:50
Washington
O prédio da sede do Fundo Monetário Internacional (FMI), em Washington
08/04/2019
REUTERS/Yuri Gripas
© REUTERS/Yuri Gripas/Proibida reprodução
Reuters

Acelerar a recuperação da recessão causada pelo coronavírus pode adicionar US$ 9 trilhões de dólares à renda global até 2025, disse nesta quinta-feira (15) a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva. De acordo com ela, isso depende de uma forte cooperação internacional, incluindo vacinas.

Em entrevista coletiva após uma reunião do comitê diretor do FMI, Kristalina Georgieva pediu a Estados Unidos e China que mantenham um forte estímulo econômico que possa ajudar a impulsionar a recuperação global.

"Se conseguirmos progredir rapidamente em todos os lugares, poderemos acelerar a recuperação. E podemos adicionar quase US$ 9 trilhões à renda global até 2025, o que, por sua vez, poderia ajudar a diminuir a diferença de renda entre as nações mais ricas e mais pobres", disse a diretora do FMI.

"Precisamos de forte cooperação internacional, e isso é mais urgente hoje para o desenvolvimento e distribuição de vacinas", acrescentou.

O acesso equitativo e econômico a tratamentos e vacinas para a covid-19 em todo o mundo será a chave para evitar uma recuperação econômica que deixe "cicatrizes duradouras", diz comunicado do Comitê de Aconselhamento.

Mais participantes

Segundo o comitê, a participação dos credores privados e dos credores bilaterais oficiais no alívio da dívida dos países pobres é essencial. Para Kristalina Georgieva, a participação do setor privado ainda é necessária e continua sendo uma questão pendente.

O G20 (grupo formado pelas principais economias do mundo) aprovou na quarta-feira (14) uma prorrogação de seis meses, até meados de 2021, da Iniciativa de Suspensão do Serviço da Dívida (DSSI, na sigla em inglês), que congela os pagamentos da dívida bilateral oficial, e disse que consideraria uma nova extensão de seis meses em abril. No entanto, credores privados e os de fora do Clube de Paris não estão participando totalmente.

"Estamos decepcionados com a ausência de progresso na participação dos credores privados no DSSI e os encorajamos fortemente a participar em termos comparáveis ​​quando solicitados pelos países elegíveis", disse o comitê, ao mesmo tempo que estimulou "a plena participação dos credores bilaterais oficiais".