Biden fecha acordo sobre gás para ajudar Europa em meio à guerra
![REUTERS/Joshua Roberts/Direitos Reservados Presidente dos EUA, Joe Biden, em Rehoboth Beach, no Estado norte-americano de Delaware](/sites/default/files/thumbnails/image/loading_v2.gif)
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Os Estados Unidos fornecerão à União Europeia (UE) mais gás natural liquefeito (GNL) para ajudar a reduzir a dependência de combustíveis fósseis russos. A informação foi dada pelo presidente norte-americano, Joe Biden, nesta sexta-feira (25), em meio à reunião de líderes da UE para analisar crise de energia desencadeada pela guerra.
O pacto, anunciado durante visita de Biden a Bruxelas, segue-se a um dia de três cúpulas na cidade, onde os líderes se reuniram para tratar da invasão russa da Ucrânia e ofereceram novo apoio a Kiev.
"Estamos nos unindo para reduzir a dependência da Europa da energia russa", disse Biden aos repórteres. "Não devemos subsidiar o ataque brutal de Putin à Ucrânia."
A Rússia fornece 40% das necessidades de gás da União Europeia e mais de um quarto de suas importações de petróleo.
"Como vocês sabem, nosso objetivo é reduzir nossa dependência da Rússia", disse Ursula von der Leyen, chefe da Comissão Europeia, em entrevista conjunta com Biden.
"O compromisso dos Estados Unidos de fornecer à UE pelo menos 15 bilhões de metros cúbicos (bcm) adicionais de GNL este ano é um grande passo nessa direção", disse ela. "Estamos determinados a nos opor à guerra brutal da Rússia".
Entretanto, como as usinas norte-americanas já estão produzindo GNL em plena capacidade, os analistas disseram que a maior parte do gás adicional que vai para a Europa teria que vir de exportações destinadas a outras partes do mundo.
O objetivo a longo prazo seria garantir, pelo menos até 2030, cerca de 50 bcm por ano de GNL adicional nos EUA, disseram Von der Leyen e Biden.
Contas de energia
A invasão da Ucrânia pelo maior fornecedor de gás da Europa aumentou ainda mais os já elevados preços da energia. Além disso, fez com que a UE se comprometesse a reduzir o uso de gás russo em dois terços este ano, por meio da elevação de importação de outros países e do aumento de uso de energias renováveis.
Os líderes da UE discutem nesta sexta-feira o que mais podem fazer para controlar as altas contas de energia.
"Não se trata apenas de grandes princípios, grandes reuniões e presidentes americanos", disse o primeiro-ministro da Bélgica, Alexander De Croo, aos repórteres na chegada para o segundo dia de cúpula de líderes da UE.
"Hoje é sobre as questões cotidianas do povo como a fatura de eletricidade e gás. Esse é o impacto que vemos hoje dessa guerra na Ucrânia. Então, precisamos intervir", disse ele, acrescentando que a UE deveria entrar no mercado de energia para reduzir os preços.
A Espanha, Grécia e outros países defenderão os limites de preços de energia e a intervenção no mercado, enquanto um grupo que inclui a Alemanha e a Holanda vai recuar e procurar atrasar essas medidas, disseram diplomatas.
A questão de impor ou não um embargo à energia russa, além da série de sanções já aplicadas a Moscou, também surgirá, mas nenhuma decisão é esperada.
Aqueles mais dependentes desse fornecimento - em particular a Alemanha - estão relutantes em dar um passo que teria grande impacto econômico.
Os 27 líderes também se comprometerão a começar a comprar gás em conjunto e a encher os estoques antes do próximo inverno, para construir um amortecedor contra novos choques de abastecimento.
*Reportagem adicional de John Irish, Sabine Siebold e Benoit Van Overstraeten
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