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Internacional

Meteorito abriu enorme cratera na Groenlândia há 58 milhões de anos

A cratera fica abaixo da Geleira Hiawatha
Will Dunham - Reuters
Publicado em 09/03/2022 - 20:07
Washington
Impacto de meteorito na Groenlândia criou cratera gigantesca
© Pierre Beck/Reuters/Direitos reservados
Reuters

Uma imensa cratera no noroeste da Groenlândia, enterrada sob uma espessa camada de gelo e vista pela primeira vez em 2015, é muito mais antiga do que se suspeitava, formada por um impacto de meteorito há 58 milhões de anos, em vez de 13 mil anos atrás.

Cientistas disseram nesta quarta-feira (9) que usaram dois métodos diferentes de datação em areia e rocha que sobraram do impacto para determinar quando a cratera - com cerca de 31 quilômetros de largura - foi formada.

Eles descobriram que o meteorito - com cerca de 1,5 km a 2 km de diâmetro - atingiu a Groenlândia cerca de 8 milhões de anos depois que um impacto de asteroide maior na Península de Yucatán, no México, exterminou os dinossauros.

A cratera fica abaixo da Geleira Hiawatha da Groenlândia, coberta por uma camada de gelo de 1 km de profundidade. Ela permaneceu sem ser detectada até que dados de radar alertaram os cientistas sobre sua existência.

É uma das 25 maiores crateras de impacto conhecidas da Terra. Ao longo das eras, a Terra foi atingida por rochas espaciais inúmeras vezes, embora mudanças graduais na superfície do planeta tenham apagado ou obscurecido muitas das crateras.

A Groenlândia na época - durante a época do Paleoceno - não era o lugar gelado que é hoje e, em vez disso, era coberta por florestas tropicais temperadas, povoadas por uma variedade de árvores e habitadas por alguns dos mamíferos que se tornaram os animais terrestres dominantes da Terra depois que os dinossauros foram extintos.

O meteorito liberou milhões de vezes mais energia do que uma bomba atômica, deixando uma cratera grande o suficiente para engolir a cidade de Washington.

"O impacto teria devastado a região local", disse o geólogo do Museu Sueco de História Natural Gavin Kenny, principal autor da pesquisa publicada na revista Science Advances.