Papa encerra viagem ao Cazaquistão e crítico conservador se manifesta
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O papa Francisco encerrou a viagem ao Cazaquistão nesta quinta-feira (15), quando um de seus críticos mais fortes questionou abertamente o valor de grandes encontros de fé, como a que o pontífice participou, chamando-os de "supermercado de religiões" que diminuíram o status da Igreja Católica.
No último dia de sua visita de três dias, Francisco presidiu reunião de bispos, padres e freiras na catedral da capital cazaque.
Na plateia, estava o bispo local Athanasius Schneider, um arquiconservador que, muitas vezes, criticou incisivamente o papa progressista em uma série de questões.
O principal motivo da visita do papa foi a participação no 7º Congresso de Líderes das Religiões Mundiais e Tradicionais, encontro que reúne cristãos, judeus, muçulmanos, budistas, hindus e outras religiões.
Ao elogiar a capacidade do congresso de "promover o respeito mútuo no mundo", Schneider, de 61 anos, disse acreditar que há o "perigo" de colocar o catolicismo no mesmo plano de outras religiões.
"Pode dar a impressão de um supermercado de religiões, e isso não é correto, porque só existe uma religião verdadeira, que é a Igreja Católica fundada pelo próprio Deus", disse Schneider a repórteres na catedral.
Conservadores como Schneider criticam alguns aspectos do Concílio Vaticano II, entre 1962 e 1965, que pediu diálogo com outras religiões.
Eles também dizem que os católicos devem fazer proselitismo ativamente para converter outros ao catolicismo e se opor à insistência de Francisco de que os potenciais convertidos devem ser atraídos à fé por nada mais do que o exemplo dos cristãos.
O bispo também defendeu o direito de criticar o papa publicamente, chamando-o de dever fraterno útil para toda a Igreja de 1,3 bilhão de integrantes.
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