Musk quer tornar Twitter "fonte de informação mais fidedigna do mundo"
O novo dono da rede social Twitter, Elon Musk, disse hoje (7) que quer transformar a rede social na "fonte de informação mais fidedigna do mundo", defendendo a cobrança pela verificação dos perfis.
Em mensagens publicadas no Twitter, onde tem cerca de 25 mil seguidores, o milionário disse ser essa a "missão" da empresa, acrescentado que a veracidade das informações que circulam na rede social deve torná-la "de longe" a fonte mais confiável.
Na semana passada, Musk anunciou que o Twitter vai começar a cobrar US$ 8 por mês aos usuários que pretendem ter seu perfil verificado, o que até o momento só era disponibilizado de forma gratuita a celebridades, jornalistas, governos e figuras políticas, científicas e culturais.
"A verificação generalizada vai democratizar o jornalismo e fortalecer a voz do povo", defendeu o homem mais rico do mundo.
"Jornalistas que pensam que são a única fonte legítima de informação, essa é a grande mentira", disse ele, em resposta ao comentário de um usuário.
Sobre a moderação de conteúdo, Musk, que frequentemente se declara um "absolutista da liberdade de expressão", disse não ter planos para bloquear um perfil que segue os movimentos do avião particular do milionário, embora isso represente "risco direto à segurança pessoal".
Especialistas em redes sociais já alertaram que a decisão de cobrar pela verificação pode levar a uma explosão de perfis falsos e aumentar o alcance e impacto da desinformação no Twitter.
Em protesto contra a decisão, algumas celebridades mudaram o seu nome na plataforma para "Elon Musk", incluindo a atriz Valerie Bertinelli.
A marca de verificação azul "simplesmente significava que a sua identidade foi verificada", observou Bertinelli. "Os criminosos teriam mais dificuldade em se passar por outra pessoa", acrescentou.
Em resposta, Musk ameaçou suspender, de forma definitiva, todas as contas com nomes falsos, com exceção de perfis que indiquem ser paródias, o que já teria acontecido à comediante Kathy Griffin.
"Acho que nem todos os moderadores de conteúdo foram dispensados", brincou mais tarde Griffin no Mastodon, uma rede social alternativa.
Musk assumiu o controle do Twitter na semana passada. Ele comprou a rede social por 44 bilhões de euros, tendo dissolvido de imediato o conselho de administração, além de expulsar os principais quadros e demitir cerca de metade dos 7.500 funcionários, incluindo toda a equipa dedicada aos direitos humanos.
"Não é um começo animador" para a nova gestão do Twitter, disse, no sábado, o alto comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Turk, que manifestou "apreensão sobre o espaço público digital".
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