Peru lamenta número crescente de mortes de manifestantes
Um período de luto de três dias começou no Sul do Peru nessa terça-feira (10), depois que mais 17 pessoas foram mortas no dia mais violento de protestos desde o início das manifestações, em dezembro, contra a deposição do ex-presidente Pedro Castillo.
No sudeste de Puno, o período de luto ocorre enquanto o primeiro-ministro do país, Alberto Otárola, deve comparecer ao Congresso dominado pela oposição, buscando um voto de confiança em seu gabinete - exigência constitucional para liderar um novo governo.
Otárola lamentou as mortes na noite de segunda-feira (9) e disse que a agitação foi causada por ataques organizados financiados por dinheiro sujo, em um dia em que pelo menos 68 civis e 75 policiais ficaram feridos, segundo a ouvidoria local.
Os protestos deixaram um total de 39 mortos até agora em diferentes partes do Peru.
As autoridades pediram aos promotores, na segunda-feira, que abram investigações contra os responsáveis.
Os manifestantes continuam exigindo a renúncia da presidente Dina Boluarte, o fechamento do Congresso, mudanças constitucionais e a libertação de Castillo.
Castillo está cumprindo 18 meses de prisão preventiva enquanto é investigado por "rebelião" após tentar fechar o Congresso, acusação que ele nega.
Imagens da mídia local mostram saques de comércio em Puno na noite de segunda-feira, e o aeroporto de Juliaca, na região, permanecia fechado ontem.
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