Motim em prisão de Honduras deixa 41 mulheres mortas
Um motim em uma prisão feminina hondurenha, nessa terça-feira (20), deixou pelo menos 41 mulheres mortas. O governo disse que o ataque foi liderado por gangues em retaliação aos seus esforços para reprimir a corrupção em penitenciárias.
Autoridades estão trabalhando para identificar os corpos no Centro Feminino de Adaptação Social, uma penitenciária feminina com capacidade para 900 pessoas a cerca de 20 quilômetros da capital Tegucigalpa, disse à Reuters Yuri Mora, porta-voz da promotoria.
A maioria morreu queimada, enquanto outros foram baleadas, afirmou Mora. Mais sete pessoas foram levadas para o hospital.
A presidente Xiomara Castro disse que o motim foi planejado por membros de gangues com conhecimento dos guardas. "Tomarei medidas drásticas", declarou no Twitter.
A primeira medida de Xiomara Castro, na noite de ontem, foi substituir o ministro da Segurança, Ramón Antonio Sabillón, pelo chefe da Polícia Nacional, Gustavo Sánchez, transferindo Sabillón para o serviço estrangeiro.
Outras ações devem ser anunciadas nesta quarta-feira (21), disse o gabinete da presidente, para "combater o crime organizado e desmantelar o boicote contra a segurança promovido dentro das prisões".
O motim foi provavelmente uma reação à repressão do governo nos últimos meses contra a corrupção nas prisões, disse Julissa Villanueva, chefe do sistema penal.
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