Exército israelense investiga morte de jornalista libanês da Reuters
O Exército israelense disse neste sábado (14) que está investigando um incidente no sul do Líbano no qual um jornalista da Reuters foi morto na sexta-feira. Uma testemunha da Reuters que estava no local disse que a vítima foi atingida por mísseis disparados da direção de Israel.
"Estamos cientes do incidente com o jornalista da Reuters", disse o porta-voz do Exército, tenente-coronel Richard Hecht, em uma entrevista coletiva . "Estamos investigando o caso. Já temos imagens. Estamos fazendo um exame cruzado. É um fato trágico".
O Líbano disse no sábado que apresentaria uma queixa formal ao Conselho de Segurança da ONU sobre "o assassinato deliberado por Israel" do jornalista de vídeo da Reuters Issam Abdallah, um cidadão libanês, informou a mídia estatal.
Abdallah estava com um grupo de jornalistas de outras organizações, incluindo a Al Jazeera e a agência France-Presse, quando foi morto na sexta-feira enquanto fornecia um sinal de transmissão ao vivo para as emissoras.
O grupo estava trabalhando perto do vilarejo de Alma al-Shaab, próximo à fronteira com Israel, onde os militares israelenses e o Hezbollah têm trocado tiros em confrontos.
Maher Nazeh, ferido no mesmo incidente junto com seu colega da Reuters, Thaer Al-Sudani, disse que estavam filmando mísseis vindos de Israel quando um deles atingiu Abdallah quando ele estava sentado em um muro baixo de pedra perto do resto do grupo. Segundos depois, outro míssil atingiu o carro que estava sendo usado pelo grupo, incendiando-o.
Embora outros meios de comunicação, incluindo a Associated Press e a Al Jazeera, tenham dito que os projéteis eram israelenses, a Reuters não conseguiu confirmar se os mísseis foram realmente disparados por Israel.
A agência France-Presse e a Al Jazeera disseram que dois de seus jornalistas ficaram feridos no incidente.