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Internacional

Sistema de saúde de Gaza está em estado crítico, diz ministério

Hospitais estão sem recursos, incluindo reservas de combustível
Rosa Azevedo - Repórter da RTP
Publicada em 24/10/2023 - 06:49
Gaza
A medical worker assists a premature Palestinian baby who lies in an incubator at the maternity ward of Shifa Hospital, which according to health officials is about to shut down as it runs out of fuel and power, as the conflict between Israel and the Palestinian Islamist group Hamas continues, in Gaza City October 22, 2023. REUTERS/Mohammed Al-Masri
© Reuters
RTP - Rádio e Televisão de Portugal

O Ministério da Saúde do grupo islamita Hamas, que controla a Faixa de Gaza, alertou que o sistema de saúde do enclave "atingiu a pior fase da sua história" devido ao bloqueio imposto por Israel.

Em comunicado, o ministério avisou que os hospitais estão sem recursos, incluindo reservas de combustível, e por isso vão ficar sem energia, e com as instalações superlotadas devido ao grande número de mortos e feridos.

Pelo menos 57 palestinos morreram nesta terça-feira (24) de manhã, em novos bombardeios das Forças de Defesa de Israel contra as cidades de Khan Younis e Rafah, no sul da Faixa de Gaza.

Os ataques a residências e a um posto de gasolina em Khan Yunis deixaram até agora 23 mortos e 80 feridos, informou a agência de notícias palestina Wafa.

Em Rafah, 30 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas depois de o Exército israelense ter bombardeado edifícios residenciais, de acordo com fontes palestinas. Estão sendo feitas operações de resgate. 

Também em Gaza, o jornalista palestino Mohamed Imad Labad morreu durante ataque israelense a um local perto da sua casa, no bairro de Sheikh Radwan, elevando para 20 o número de jornalistas mortos desde o início da guerra, em 7 de outubro.

Pouco depois, o jornal palestino Filastin, ligado ao Hamas, anunciou o resgate de dois corpos dos escombros de Khan Yunis e de três em Rafah.

O escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários anunciou na madrugada de hoje a morte de seis funcionários da Agência da ONU para os Refugiados Palestinos, o principal organismo de ajuda humanitária que ainda pode trabalhar em Gaza.

Isso eleva para 35 o número de funcionários da instituição mortos desde o início da guerra entre Israel e o Hamas.

Em mensagem na rede social X, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres, lamentou as mortes e disse que está ao lado dos funcionários, "que tudo fazem para ajudar quem mais necessita".

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