Soldados dos EUA morrem em ataque com drones na Jordânia
O presidente dos Estados Unidos (EUA), Joe Biden, promete retaliação, após o ataque com drones no Nordeste da Jordânia, que causou a morte de três soldados norte-americanos e ferimentos em 34.
Apesar de a Jordânia dizer que o ataque ocorreu fora das fronteiras de seu território, a Casa Branca afirma ter informações de que a ação foi executada "por grupos radicais apoiados pelo Irã, que atuam na Síria e no Iraque".
Essas são as primeiras vítimas dos Estados Unidos, em meses de ataques contra forças norte-americanas em todo o Oriente Médio e no atual contexto de guerra entre Israel e o Hamas, em Gaza.
O porta-voz do Hamas disse que a morte dos três soldados "é uma mensagem para a administração norte-americana".
O presidente dos Estados Unidos garante firmeza no combate aos terroristas e aos responsáveis pela agressão.
Irã
O Irã negou qualquer envolvimento no ataque. "Essas acusações são feitas com objetivo político que visa a inverter as realidades da região", disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, em comunicado citado pela agência de notícias oficial do Irã, Irna.
As alegações "também demonstram a influência de terceiros, incluindo o regime sionista que mata crianças", acrescentou Nasser Kanaani, referindo-se a Israel, envolvido na guerra com o movimento islâmico palestino Hamas na Faixa de Gaza, desde 7 de outubro.
"Os grupos de resistência nessa região respondem aos crimes de guerra e ao genocídio cometidos pelo regime sionista, não estão recebendo ordens do Irã e decidem as suas ações com base nos próprios princípios", assegurou o porta-voz.
Dois funcionários norte-americanos identificaram a base atacada como uma instalação na Jordânia conhecida como Torre 22, localizada ao longo da fronteira com a Síria e utilizada principalmente por tropas envolvidas em aconselhamento e assistência às forças jordanianas.
O governo da Jordânia, que não reconhece a existência dessa instalação, afirmou que o ataque ocorreu fora do país, numa base dos EUA na Síria.
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