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Internacional

Conselho de Segurança da ONU aprova resolução para cessar-fogo em Gaza

Proposta tem aval de Israel e falta manifestação do Hamas, segundo EUA
Agência Brasil*
Publicado em 10/06/2024 - 17:53
Brasília
Membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas votam resolução durante reunião sobre a manutenção da paz e segurança internacionais e o desarmamento e a não-proliferação nuclear na sede da ONU na cidade de Nova York, EUA
20/05/2024
REUTERS/Eduardo Munoz
© REUTERS/Eduardo Munoz/Proibida reprodução

O Conselho de Segurança aprovou nesta segunda-feira (10) uma resolução de cessar-fogo no conflito entre Israel e Hamas. Foram 14 votos a favor da proposta, apresentada pelos Estados Unidos. A única abstenção foi da Rússia. 

A resolução diz que o governo israelense já aceitou o acordo e falta uma manifestação por parte do grupo Hamas. O documento ainda pede que o cessar-fogo seja implementado imediatamente e sem condições. 

"Estamos esperando o Hamas aceitar o acordo de cessar-fogo que ele alega querer", disse a embaixadora dos EUA à ONU, Linda Thomas-Greenfield, ao conselho, antes da votação. "A cada dia que passa, continua o sofrimento desnecessário", acrescentou a diplomata, conforme a Agência Reuters. 

A proposta prevê fim da violência, libertação dos reféns, retiradas das forças israelenses das áreas mais populosas de Gaza e autorização para que famílias palestinas retornem às suas casas. 

Está prevista ainda a distribuição de ajuda humanitária, até mesmo unidades habitacionais. 

"A resolução enfatiza que o cessar-fogo deve continuar enquanto as negociações prosseguirem. O texto ainda ressalta a importância de as partes aderirem aos termos da proposta e conclama todos os Estados-membros e a própria ONU a apoiar sua implementação", informa a Agência ONU News.  

O documento não trata de mudança territorial em Gaza e defende que a solução para a região passe pela criação de dois Estados, com fronteiras reconhecidas conforme a legislação internacional. Para os países do conselho, Gaza e Cisjordânia deveriam ficar sob comando da Autoridade Palestina. 

* Com informação da ONU News