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Internacional

Venezuelanos vão às urnas eleger novo presidente

Cerca de 21 milhões de eleitores são esperados
Agência Brasil
Publicado em 28/07/2024 - 09:47
 - Atualizado em 28/07/2024 - 14:20
Brasília
A woman is checked with a fingerprint identity registration device at a polling station in the Liceo Andres Bello during Venezuela's presidential election, in Caracas, Venezuela, July 28, 2024. REUTERS/Fausto Torrealba
© REUTERS/Fausto Torrealba/Proibida reprodução

Cerca de 21 milhões de venezuelanos vão hoje (28) às urnas eleger o próximo presidente, que vai governar o país sul-americano entre 2025 e 2031. O atual presidente, Nicolás Maduro, no poder desde 2013, enfrenta nas urnas nove concorrentes. 

People wait to vote during the country's presidential election, in Caracas, Venezuela July 28, 2024. REUTERS/Alexandre Meneghini
Eleitores aguardam na fila em seção eleitoral em Caracas - REUTERS/Alexandre Meneghini/Proibida reprodução

Esta é a primeira eleição, desde 2015, em que toda a oposição aceitou participar do pleito. Desde 2017, os principais partidos de oposição vinham boicotando as eleições nacionais.

As pesquisas eleitorais da Venezuela divergem sobre o resultado do pleito presidencial. Enquanto algumas enquetes dão a vitória com ampla margem ao principal candidato da oposição, Edmundo González Urrutia, outros levantamentos apontam para uma vitória do atual presidente Nicolás Maduro, também com uma margem confortável.

>> Entenda como funciona e quais as críticas à eleição na Venezuela

Bloqueio

A Venezuela enfrenta um bloqueio financeiro e comercial pelo menos desde 2017, quando potências como Estados Unidos, Canadá, Reino Unido e União Europeia passaram a não reconhecer a legitimidade do governo Maduro.

O país vizinho também passou por grave crise econômica no período, com hiperinflação e perda de cerca de 75% do PIB (Produto Interno Bruto, soma de todos os bens e serviços produzidos no país), o que resultou na migração de mais de 7 milhões de pessoas.

Desde meados de 2021, o país vem mostrando alguma recuperação econômica. A hiperinflação foi controlada, e a economia voltou a crescer em 2022 e 2023, porém, os salários continuam baixos e os serviços públicos deteriorados.

Desde 2022, o embargo econômico vem sendo parcialmente flexibilizado e um acordo entre oposição e governo foi firmado para as eleições deste ano. Porém, denúncias de prisões de opositores nos últimos dias e recusas a assinar acordo para respeitar o resultado eleitoral por alguns candidatos da oposição, entre eles, o favorito Edmundo González, jogam dúvidas sobre o dia após a votação.

Domingo

Venezuelan President Nicolas Maduro votes during presidential election in Caracas, Venezuela July 28, 2024. REUTERS/Fausto Torrealba
Presidente venezuelano Nicolás Maduro vota durante eleição deste domingo - REUTERS/Fausto Torrealba/Proibida reprodução

Mais cedo, o presidente Nicolás Maduro que tenta se reeleger votou em Caracas, capital venezuelana.

"Reconheço o árbitro eleitoral. E tudo o que o árbitro eleitoral disser será reconhecido. Não apenas reconhecido, mas defendido", afirmou aos jornalistas antes de deixar o local de votação.

Venezuelan opposition presidential candidate Edmundo Gonzalez shows his ballot as he votes in the country's presidential election, in Caracas, Venezuela July 28, 2024. REUTERS/Leonardo Fernandez Viloria
Edmundo Gonzalez vota durante eleição deste domingo na Venezuela - Reuters/Leonardo Fernandez Viloria/Proibida reprodução

O candidato da oposição, Edmundo González, também compareceu às urnas. Após votar, ele declarou à imprensa que o espírito democrático dos venezuelanos está mais vivo do que nunca. 

“Confiamos que as Forças Armadas vão respeitar a decisão do nosso povo", afirmou.

 

 

*Matéria ampliada às 10h38 para inclusão de manifestação do presidente Nicolás Maduro e às 14h01 para inclusão de manifestação do candidato de oposição Edmundo González