Israel reivindica morte de alto representante do Hamas na Cisjordânia

Operação lançada quarta-feira matou pelo menos 15 palestinos

Publicado em 30/08/2024 - 08:28 Por RTP* - Tel Aviv

O Exército israelense reivindicou nesta sexta-feira (30) a autoria da morte de alto representante do movimento islâmico palestino Hamas em Jenin, na Cisjordânia, no âmbito da grande operação lançada na quarta-feira (28) e que matou até agora pelo menos de 15 palestinos.

Em comunicado publicado em seu site, o Exército informou que entre os mortos está Uasam Hazem, identificado como chefe do Hamas em Jenin e relacionado a vários ataques armados e explosivos contra as forças de segurança de Tel Aviv.

O Exército acrescentou ter lançado a ação depois de identificado "um esquadrão terrorista do Hamas" num veículo em Jenin, acrescentando que Hazem foi morto e abatido pelos militares, enquanto os outros dois membros do Hamas, também mortos, Misra Mesharka e Arafat Amer, tentaram fugir do veículo bombardeado por um drone.

"Mesharka e Amer eram agentes terroristas do Hamas em Jenin, que operavam sob o comando de Hazem, e estavam envolvidos em ataques armados a colonatos israelenses", disse o Exército, completando que "foram encontradas em seus corpos espingardas de assalto, pistolas, carregadores, granadas de gás e milhares de shekels (moeda israelense) em fundos para terroristas".

De acordo com a agência de notícias palestina WAFA, o ataque do drone visou um veículo na cidade de Zababdeh, ao sul de Jenin. O Crescente Vermelho Palestino indicou que as forças israelenses estavam impedindo que suas ambulâncias chegassem ao local para tratar as vítimas.

As operações do Exército israelense e os ataques dos colonos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental causaram a morte de mais de 660 palestinos desde o aumento dessas ações em outubro do ano passado, quando o Hamas lançou um ataque ao território israelense que deixou cerca de 1.200 mortos e muitos reféns.

Israel lançou uma ofensiva militar em grande escala contra a Faixa de Gaza, em resposta a esses ataques que, até agora, deixou mais de 40.600 mortos e quase 94 mil feridos, segundo o balanço mais recente das autoridades locais do enclave controlado pelo Hamas.

Os ataques aéreos, embora comuns na Faixa de Gaza, têm sido raros na Cisjordânia.

Israel afirmou que as operações no norte da Cisjordânia - que mataram pelo menos 19 pessoas, quase todas militantes, desde o final de terça-feira (27) - têm como objetivo evitar ataques.

Os palestinos têm, por seu lado, caracterizado os ataques como uma ampliação da guerra em Gaza e um esforço para perpetuar o domínio militar de décadas de Israel sobre o território.

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