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Internacional

UE pede pausa humanitária para vacinação contra poliomielite em Gaza

Poliovírus voltou à região após 25 anos sem casos
Lusa*
Publicada em 29/08/2024 - 11:28
Bruxelas
FILE PHOTO: A malnourished Palestinian baby is held while receiving treatment at the International Medical Corps field hospital, amid the Israel-Hamas conflict, in Deir Al-Balah in the southern Gaza Strip, June 22, 2024. Reuters/Mohammed Salem/Proibida reprodução
© REUTERS/Mohammed Salem/Proibida reprodução
Lusa

A União Europeia (UE) insistiu nesta quinta-feira (29) numa pausa imediata no conflito na Faixa de Gaza para vacinação das crianças contra a poliomielite, depois de o poliovírus ter voltado em julho após 25 anos sem casos.

Em comunicado, o chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell, apelou a "uma pausa humanitária imediata para permitir a vacinação de todas as crianças de Gaza contra o poliovírus".

A Faixa de Gaza, diz ainda o texto, tem estado livre da poliomielite nos últimos 25 anos, sendo considerado "alarmante que o poliovírus tenha sido detectado e o primeiro caso confirmado novamente em julho".

O alto representante para a Política Externa da UE destacou a importância de evitar "uma epidemia entre uma população já debilitada por mais de dez meses de combates e deslocamentos, má nutrição, falta de serviços básicos de saúde e condições sanitárias deploráveis, bem como maior propagação em nível internacional".

O apelo da UE junta-se aos já lançados apelos feitos pelas Nações Unidas e a Organização Mundial de Saúde. Na terça-feira (27), o chefe da diplomacia europeia já tinha pedido um cessar-fogo humanitário de três dias para permitir a vacinação.

O bloco comunitário anunciou nesta semana a entrega de mais de 1,2 milhão de vacinas contra a poliomielite, bem como a cooperação de Israel na entrega das vacinas a Gaza.

Após atentado do Hamas em outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e perto de 250 reféns, Tel Aviv retaliou militarmente em Gaza, já tendo provocado mais de 40 mil mortos no enclave palestino, segundo dados do Hamas.

O conflito chegou à Cisjordânia e ameaça a paz e segurança na região, com o envolvimento do Hezbollah a partir do Líbano, do Irã e de rebeldes houthis no Iêmen.

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