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Internacional

Angola inicia vacinação contra a cólera que já causou 59 mortes

Cerca de 1 milhão de doses foram adquiridas
Lusa*
Publicado em 03/02/2025 - 07:23
Luanda
O governo angolano colocou cerca de 33 km2 de terra ao dispor dos refugiados congoleses
© Foto: ONU/Divulgação
Lusa

Angola inicia nesta segunda-feira (3) uma campanha de vacinação contra a cólera nas três províncias mais afetadas (Luanda, Bengo e Icolo e Bengo). Cerca de 1 milhão de doses foram adquiridas, anunciou o Ministério da Saúde.

Desde o inicio do surto, em 7 de janeiro, foram registrados no país 1.584 casos e 59 mortes em consequência da doença, que atinge atualmente oito províncias angolanas (Luanda, Bengo, Icolo e Bengo, Cuanza-Norte, Huambo, Huíla, Malanje e Zaire), segundo comunicado divulgado hoje.

De acordo com a ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, citada pelo Jornal de Angola, devido ao reduzido estoque de vacinas contra a cólera no mundo, a campanha será implementada apenas nos grandes epicentros da epidemia.

No dia 20 de janeiro, Angola recebeu 948.466 doses de vacinas que fazem parte do estoque de reserva da Organização Mundial da Saúde (OMS) para resposta a surtos epidêmicos de cólera.

Sílvia Lutucuta adiantou que existem em reserva 8 milhões de doses e para Angola foi disponibilizado menos de 1 milhão, tendo as comunidades a vacinar sido selecionadas "com base em critérios epidemiológicos".

O ministério mobilizou para a campanha 6.104 pessoas, entre vacinadores, supervisores e pessoal local que serão apoiados por agentes dos órgãos de defesa e segurança.

A vacina para o combate à cólera em Angola tem o nome comercial  de Euvichol. É fornecida em frascos para ser administrada a pessoas com idade igual ou superior a 1 ano por via oral em dose única.

Segundo  a ministra da Saúde, a vacina garante a proteção da comunidade afetada e, consequentemente, a interrupção da transmissão da doença com eficácia de até 80%. 

Para combater a doença, o Ministério da Saúde traçou outras medidas de contingência, como acesso à água potável, segurança e higiene dos alimentos, saneamento e higiene ambiental, vigilância epidemiológica ativa, comunicação de risco e envolvimento das comunidades.

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