Suspeito de ataque que matou 11 em Vancouver é acusado de homicídio


O Ministério Público (MP) da província da Colúmbia Britânica, no oeste do Canadá, acusou de homicídio Adam Lo Kai-ji, o suspeito de um atropelamento que matou 11 pessoas num festival de rua em Vancouver.
Em comunicado divulgado nesse domingo (27), o MP disse que apresentou oito acusações de homicídio de segundo grau contra Adam Lo e que mais acusações são possíveis.
O suspeito, de 30 anos, que tinha sido detido no local do atropelamento, tem histórico de problemas de saúde mental, revelou a polícia.
Lo, que vive em Vancouver, já compareceu ao tribunal e o juiz decidiu que ele deve permanecer sob custódia.
Horas antes, a polícia do Canadá tinha revisto para 11 o número de mortos, com idade entre 5 e 65 anos, devido ao ataque no sábado à noite.
O atropelamento deixou ainda dezenas de pessoas feridas. Algumas estão em estado crítico, e as autoridades temem que o número de mortos aumente nos próximos dias.
Por volta das 20h locais, na zona de Sunset on Fraser, um jipe preto avançou em alta velocidade contra a multidão que participava de um festival que reúne a comunidade filipina de Vancouver, conhecido como Lapu Lapu.
"É o dia mais sombrio da história de Vancouver", disse o chefe da polícia, Steve Rai, em entrevista.
O jornal Vancouver Sun, citado pela agência de notícias Efe, informou que quando era interrogado, o suspeito pediu "desculpa" às pessoas que assistiam à cena e que seu rosto não fosse filmado.
A polícia descarta que se trate de terrorismo.
"Neste momento, estamos confiantes de que não foi um ato de terrorismo", afirmou no domingo o departamento de polícia.
Mark Carney, líder do Partido Liberal (progressista) e atual primeiro-ministro (depois de ter substituído Justin Trudeau no partido e no governo), cancelou o primeiro evento do último dia de campanha eleitoral. Os canadenses escolhem hoje o próximo chefe de governo.
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