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Política

Governador de Pernambuco pede a Temer recursos federais para obras no estado

Sumaia Villela - Correspondente da Agência Brasil
Publicado em 26/10/2016 - 19:06
Recife

Em reunião com o presidente Michel Temer, feita hoje (26) no Palácio do Planalto, o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, entregou uma lista de obras, em curso no estado e no Nordeste, que estão paradas ou seguem em ritmo lento por falta de recursos federais. A intenção é cobrar do governo federal um compromisso com a liberação de dinheiro para a conclusão de projetos estratégicos e a concessão de rodovias e do aeroporto do estado.

Paulo Câmara defende que um trecho da BR-232 a ser duplicado e a construção do Arco Metropolitano do Recife, além do Aeroporto dos Guararapes, entrem no pacote de concessões federais para exploração da iniciativa privada. A previsão de concessão dos trechos rodoviários já estava sinalizado na última etapa do Programa de Investimento em Logística (PIL), lançado em junho do ano passado pela ex-presidenta Dilma Rousseff (PT), mas a intenção não se concretizou. No último pacote anunciado pelo governo federal no dia 13 de setembro, já com Michel Temer (PMDB) na Presidência, Pernambuco ficou de fora da lista.

Com relação aos projetos parados, entre as prioridades listadas estão grandes obras hídricas, como a Adutora do Agreste, e de logística, como a Ferrovia Transnordestina, ambas as construções praticamente paralisadas por falta de repasse do governo federal. Paulo Câmara também defende a adequação e duplicação da BR-423 no trecho entre São Caetano (PE) e Garanhuns (PE) e a conclusão da Refinaria Abreu e Lima.

O secretário de imprensa de Pernambuco, Ennio Benning, acompanhou Câmara na reunião e disse que algumas audiências com ministros ocorrem nesta tarde a pedido do presidente, mas o conteúdo das conversas “ainda são reservadas”. Em nota divulgada pelo governo, a reunião foi considerada “posititiva” pelo governador.

Em outra nota do governo enviada mais cedo, Câmara diz que a saída para a crise só pode ser alcançada com a retomada dos “investimentos estruturadores que são de responsabilidade da União”. “São essas grandes obras que geram empregos e dinamizam a economia", disse o governador.