Ricardo Barros nega “conduta inadequada” em participação em campanha em 2016
Após ser advertido pela Comissão de Ética Pública da Presidência da República por participar de eventos eleitorais em duas cidades paranaenses na eleição municipal de 2016, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, negou hoje (30) que tenha praticado “qualquer conduta inadequada” na campanha.
Barros não registrou em sua agenda oficial viagens a Curitiba e Apucarana, onde participou de campanha eleitoral. De acordo com a advertência feita pela Comissão de Ética, nos eventos, o ministro fez “promessas indevidas”, valendo-se do cargo, e criou expectativas na população de que haveria a realização de obras e transferência de verbas do Ministério da Saúde caso determinado candidato fosse eleito.
“Não fui notificado ainda. Soube do julgamento e fiz minha defesa na Comissão de Ética. Não vejo que tenha havido qualquer conduta inadequada.” Sobre a ausência de registro das viagens em sua agenda oficial, Barros disse que, daqui para a frente, passará a fazer tais anotações.
A participação de autoridades em campanhas eleitorais não é proibida, mas é preciso que compromisso seja registrado na agenda e deve haver separação entre trabalho e atividades de campanha. Além disso, a autoridade não pode usar o cargo para fazer promessas de vantagens em troca da eleição de determinado candidato.