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Política

"Brasil não pode parar", dizem Padilha e Moreira Franco em redes sociais

Segundo o ministro-chefe da Casa Civil, o país está avançando. Ele
Pedro Peduzzi – Repórter da Agência Brasil
Publicado em 18/05/2017 - 10:13
Brasília
Brasília - Ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, coordena reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), no Palácio do Planalto (Valter Campanato/Agência Brasil)
© Valter Campanato/Agência Brasil

O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, divulgou na madrugada de hoje (18) um vídeo no qual diz que o país está avançando e não pode parar em função de denúncias feitas por meio de delação premiada. "Nós, do governo, temos de governar. O Brasil e os brasileiros não querem e não vão parar. O Brasil não vai parar”, disse o ministro.

Padilha lembrou os dados positivos da economia, divulgados recentemente. “Nesta semana, a cada dia, tínhamos uma manchete altamente positiva para o Brasil: era o PIB [Produto Interno Bruto, soma de todos os bens e serviços produzidos no país] que crescia, o juro que caía, a inflação que caía, a geração de emprego", disse Padilha, que completou: “Surge, no entanto, mais uma delação premiada, e essa delação traz fatos que têm, sim, de ser investigados e explicados. Mas não se tem ninguém condenado antecipadamente. Temos de ver o que efetivamente foi dito. O Poder Judiciário se encarrega das delações.”

O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco, também divulgou mensagem na madrugada de hoje, em sua conta no Twitter. Na mensagem, Moreita pede que o país tenha “muita serenidade” e que faça um “esforço de se manter unido”.

“É fundamental que tenhamos muita serenidade e que façamos esforço de nos manter unidos com um único objetivo: o Brasil não pode parar, e para que possamos retomar o crescimento e a geração de emprego e de renda”, disse Moreira Franco, após comentar que o país foi surpreendido com as delações de ontem (17).

Delação

No início da noite de ontem (17), o jornal O Globo publicou reportagem, segundo a qual, em encontro gravado em áudio, pelo dono do grupo  JBS, o empresário Joesley Batista, Temer teria sugerido que se mantivesse o pagamento de uma mesada ao ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha e ao doleiro Lúcio Funaro para que estes ficassem em silêncio. Conforme a reportagem, Batista firmou delação premiada com o Ministério Público Federal (MPF) e entregou gravações sobre as denúncias. Segundo o jornal, ainda não há confirmação de que a delação do empresário tenha sido homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

De acorrdo com Eliseu Padilha, delações premiadas como as que denunciam o presidente Michel Temer não representam, a priori, uma condenação. Padilha reiterou que denúncias como essas devem ser investigadas.

Em nota divulgada ontem, a Presidência da República disse que o presidente "jamais solicitou pagamentos para obter o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha".

Aécio Neves

De acordo com a reportagem de ontem de O Globo, na gravação de delação, o dono do grupo JBS, Joesley Batista, também teria dito que senador Aécio Neves pediu a ele R$ 2 milhões. Segundo a gravação, o dinheiro foi entregue a um primo de Aécio. A reportagem diz ainda que a entrega foi registrada em vídeo pela Polícia Federal (PF), que rastreou o caminho do dinheiro e descobriu que o montante foi depositado em uma empresa do senador Zezé Perrella.

Hoje de manhã, a PF fez operações em endereços ligados ao senador Aécio Neves no Rio de Janeiro, em Belo Horizonte e em Brasília.