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Política

Jucá nega que PMDB vá retaliar parlamentares que votarem contra o governo

Pedro Peduzzi – Repórter da Agência Brasil
Publicado em 18/12/2017 - 13:41
Brasília
Brasília - O presidente do PMDB, senador Romero Jucá, participa da comemoração dos 10 anos do Programa de Educação a Distância (EAD) da Fundação Ulysses Guimarães (José Cruz/Agência Brasil)
© José Cruz/Agência Brasil
Brasília - O presidente do PMDB, senador Romero Jucá, participa de evento comemorativo aos 10 anos de ensino do Programa de Educação a Distância da Fundação Ulysses Guimarães (José Cruz/Agência Brasil)

PMDB não vai retaliar, e sim valorizar os mais leais ao partido, diz o senador Romero JucáJosé Cruz/Agência Brasil

O presidente do PMDB, senador Romero Jucá (RR), afirmou, nesta segunda-feira (18), que o partido não vai retaliar parlamentares que votarem contra as posições defendidas pelo governo. Segundo ele, a estratégia a ser adotada será a de “valorizar”, por meio da distribuição de recursos do fundo partidário, os candidatos que tiverem sido mais leais.

“Não vai ter retaliação. Vai ter valorização. Ou seja, aqueles que são mais fechados com a posição do partido têm de ser valorizados. Portanto, vamos dar um tratamento mínimo a todos, mas a Executiva Nacional vai ter o cuidado de atuar de forma que aquelas figuras mais emblemáticas, leais ao partido e que serão candidatas a governador, senador, deputado federal, deverão receber efetivamente um tratamento diferenciado”, disse Jucá, após participar de um evento do PMDB em Brasília. Jucá informou que, conforme previsto pelas atuais regras, a definição da forma como os recursos do fundo partidário serão distribuídos ocorrerá até 30 dias antes das convenções partidárias de 2018.

De acordo com o senador, a votação da reforma da Previdência pela Câmara dos Deputados está mantida para 19 de fevereiro. “O governo continua discutindo esse processo. Estamos mobilizados, conversando com parlamentares, e durante o recesso a conversa vai continuar”, acrescentou. Jucá disse ainda que tem a garantia do presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), de que a reforma entrará para a pauta do Senado "assim que ela chegasse" à Casa, após sua aprovação pela Câmara dos Deputados.

Brasília - O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, participa de evento comemorativo aos 10 anos de ensino do Programa de Educação a Distância (EAD) da Fundação Ulysses Guimarães (José Cruz/Agência Brasil)

O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, está otimista com votação da PrevidênciaJosé Cruz/Agência Brasil

O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, também manifestou otimismo, apesar do atraso na votação da reforma previdenciária.

“O que esperamos é que tenhamos mais votos em fevereiro, porque a sociedade tomará consciência da imperiosidade da reforma da Previdência. Na medida em que os parlamentares voltem para suas bases e vejam as mudanças que aconteceram na opinião de suas comunidades, seguramente teremos em fevereiro mais votos do que temos agora”, disse Padilha.

Denúncias

O senador Romero Jucá voltou a dizer que está tranquilo com relação às denúncias apresentadas pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge.

“Essas denúncias já tinham sido feitas pelo [ex-procurador-geral] Rodrigo Janot. Nós apresentamos a defesa, e a Raquel Dodge apenas corroborou o que o Rodrigo Janot disse. Estou muito tranquilo. Não temo qualquer tipo de investigação e vou provar que a doação de R$ 150 mil foi oficial e nada tem a ver com votação de medidas provisórias. É um absurdo essa ilação que o Janot fez”, disse Jucá.