Lula acompanha julgamento ao lado de Dilma e outros políticos
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva acompanha o julgamento de seu pedido de habeas corpus preventivo pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, São Paulo. Lula chegou ao local por volta das 11h30 e assiste ao julgamento em companhia da ex-presidenta Dilma Rousseff, do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, e dos governadores de Minas Gerais Fernando Pimentel, do Acre, Tião Viana, e do Piauí, Wellington Dias.
Também estão presentes o presidente estadual do PT, Luiz Marinho, o presidente da Central Única dos Trabalhadores em São Paulo (CUT-SP), o coordenador do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Gilmar Mauro, e os ex-ministros Miguel Rosseto e Paulo Vanucchi.
Luiz Marinho disse aos jornalistas que o ex-presidente está “sereno”, por ter consciência de que não praticou nenhum crime. Segundo Marinho, Lula espera que o Supremo lhe dê "a garantia do direito constitucional [de ser candidato à Presidência da República]”. Marinho informou que, após o julgamento, haverá uma reunião no próprio sindicato, para discutir os próximos passos do partido. Caso o STF conceda o habeas corpus a Lula, o PT dará continuidade às caravanas pelo país, afirmou.
Em outro ambiente, também na sede do sindicato, em um telão, apoiadores do ex-presidente acompanham a sessão em que o Supremo julga o habeas corpus em que a defesa de Lula tenta impedir a prisão dele após o fim dos recursos na segunda instância da Justiça Federal.
Atentas, as pessoas acompanham a fala dos ministros. Quando Gilmar Mendes empatou o placar, votando a favor do pedido do ex-presidente – o relator, Edson Fachin, tinha negado o recurso de Lula –. as pessoas aplaudiram e gritaram: "Lula presente, eterno presidente".
No local, há ainda representantes de diversos outros grupos e categorias profissionais, como petroleiros, metalúrgicos e professores, Movimento dos Trabalhadores Sem Teto e Levante Popular da Juventude.
O ex-presidente foi condenado pelo juiz federal Sérgio Moro a nove anos e seis meses de prisão. A condenação foi confirmada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), que aumentou a pena para 12 anos e um mês na ação penal do triplex do Guarujá (SP), na Operação Lava Jato.
* O texto foi ampliado às 17h40