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Política

Jungmann defende que caso Marielle permaneça com autoridades do Rio

Letycia Bond – Repórter da Agência Brasil
Publicado em 19/12/2018 - 15:43
Brasília
O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, participa de cerimônia de inauguração da sede do Batalhão Escola de Pronto Emprego (Bepe) da Força Nacional, como parte das comemorações do XIV aniversário de criação da Força Nacional.
© Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, disse, hoje (19), que espera que a federalização das investigações em torno do assassinato de Marielle Franco não ocorra, por confiar que as autoridades atualmente encarregadas do caso irão desvendá-lo.

"A federalização depende do Ministério Público Federal, que é quem faz a federalização. O que eu tenho dito e vou repetir aqui é que a Polícia Federal está pronta para entrar no caso Marielle, como sempre esteve. E a nossa expectativa é de que se resolva pelos meios do Rio de Janeiro. Caso isso não seja possível, a Polícia Federal permanece a postos e a disposição para ajudar e contribuir no esclarecimento e elucidação desse bárbaro crime", disse Jungmann.
 
A transferência da coordenação das investigações do âmbito estadual para o federal foi pedida ontem pelo vereador Marcello Siciliano, sobre o qual pairam suspeitas de envolvimento no assassinato da ativista.

O ministro também pontuou que são a vocação e a atuação de Marielle o que infunde a imprescindibilidade de o caso ser solucionado. "Ela era uma representante popular, era uma mulher que defendia comunidades e outros setores. Portanto, o ataque a ela e a morte dela é também um atentado à democracia. Por isso é tão importante para o Brasil esclarecer esse crime de uma vez por todas".

Intervenção

Perguntado sobre a possibilidade de o presidente eleito, Jair Bolsonaro, promover mudanças na intervenção no Rio de Janeiro tão logo assuma o Executivo, o ministro disse que há procedimentos a serem seguidos. "Eu creio que não. Primeiro porque, enquanto ela [a intervenção] durar, você não pode emendar a Constituição. E o presidente eleito tem, obviamente, projetos, acredito eu, como outros que o antecederam, no início do mandato, de emendar a Constituição. E você não pode emendar nenhuma emenda constitucional se tiver uma intervenção em um estado, ainda que setorial". 

O ministro disse, ainda, não vislumbrar brechas para prejuízos, independentemente de qualquer decisão de Bolsonaro. "Quanto a prejuízo, acho que a intervenção está deixando um planejamento. Se ele for seguido, acho que não haverá nenhum prejuízo, porque a intervenção apresentou resultados positivos até aqui e eles precisam ter continuidade. Tendo continuidade, não há prejuízo."