No dia 3 de junho de 1901, nascia no Engenho Corredor, município de Pilar (PB), José Lins do Rego Cavalcanti, considerado um dos maiores romancistas regionais da literatura brasileira, ao lado de Jorge Amado, Érico Veríssimo, Graciliano Ramos e Rachel de Queiroz.
José Lins do Rego presenciou, na infância, os engenhos de açúcar perderem espaço para as usinas, provocando muitas transformações sociais e econômicas. Mudou-se para João Pessoa, onde fez o curso secundário e depois, para Recife, estudar Direito.
Durante o curso, no início da década de 1920, fez contatos com o meio literário pernambucano, tendo amigos como José Américo de Almeida, Osório Borba, Luís Delgado, Aníbal Fernandes e Gilberto Freire.
Em 1926, muda para Maceió, onde conhece escritores como Graciliano Ramos, Rachel de Queiroz, Aurélio Buarque de Holanda e Jorge Lima. A vivência de José Lins do Rego com o universo açucareiro lhe deu a oportunidade de relatar suas histórias através dos personagens dos romances, como Menino de Engenho, Doidinho, Banguê, Moleque Ricardo e Usina. Nestes livros, ele descreve a decadência dos engenhos de açúcar do Nordeste.
Segundo o crítico Literário Manuel Proença, a obra de José Lins, embora regionalista, não se encaixa somente na denúncia sócio-política, mas mostra sua sensibilidade à flor da pele, na sinceridade diante da vida e na autenticidade.
Em 1935, no Rio de Janeiro, José Lins do Rego começa a escrever para os Diários Associados e o Globo, período em que conquista o respeito no meio literário.
Os críticos atribuem a ele a invenção do romance moderno brasileiro. Afirmam que sua obra ajudou a construir uma nova forma de escrever permitida a partir do Movimento Modernista de 1922.
José Lins do Rego publicou 14 romances, sendo que seis deles foram adaptados para o cinema. Seus livros foram publicados na Alemanha, França, Inglaterra e Espanha.
Em 1955, foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras. Dois anos depois morre, aos 56 anos, na cidade do Rio de Janeiro.
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