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Cultura

De Falabella a Frankenstein: saiba como foi o 2º dia de desfile do Grupo Especial do Rio

Rio de Janeiro
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Cynthia Cruz
13/02/2018 - 12:33
Rio de Janeiro

A Beija-Flor arrastou uma multidão pela avenida representando o mais democrático dos carnavais, o carnaval de rua. E celebrou os 200 anos desse clássico literário (Frankenstein), e fez um paralelo entre a história da criatura rejeitada pelo próprio criador e a intolerância, a falta de amor e respeito nos dias atuais. O objetivo da escola era falar sobre a discriminação, o preconceito e a intolerância.

 

Mas essa segunda noite de desfile do grupo especial, começou com a Unidos da Tijuca que homenageou o multimídia, o ator, apresentador e diretor Miguel Fallabela, que também já foi carnavalesco e, inclusive, autor de um enredo da Acadêmicos da Rocinha que levou a agremiação, pela primeira vez, ao grupo de eleite.

 

A vida de Miguel Falabella foi contada e cantada e teve até a atriz Marisa Orth caracteriza de Magda, a personagem do seriado Sai de Baixo, vestida com uma coleira que levava o nome de Caco Antibes, que era o personagem vivido por Falabella.

 

A Portela, escola que dividiu o campeonato ano passado com a Mocidade Independente de Padre Miguel, entrou em seguida falando da imigração na busca por liberdade, mas marcada por perseguição e intolerância. Destacando os judeus que se refugiaram em Pernambuco na época da dominação holandesa. Esse enredo foi desenvolvido pela carnavalesca Rosa Magalhães.

 

Em seguida, a União da Ilha entrou na avenida carregada de cores e até de aromas para falar da diversidade gastronômica do Brasil e as influências internacionais. O abre-alas cheirava a café e tinha carro até espalhando cheiro de chocolate, abacaxi e limão - um verdadeiro show de aromas e cores.

 

O Salgueiro homenageou a força da mulher negra com o enredo  Senhoras do Ventre e do Mundo e teve novamente, pelo 11º ano seguido, Viviane Araújo sendo ovacionada à frente da bateria. Carros e fantasias luxuosas também marcaram o desfile da agremiação.

 

E a Imperatriz Leopoldinense, a penúltima escola a entrar na avenida, fez um passeio pela história do Brasil falando sobre os 200 anos do Museu Nacional, que fica na Quinta da Boa Vista, no bairro imperial de São Cristovão.

 

De residência da realeza, criado por dom João VI, em 1818, a mais antiga instituição científica e o maior museu de história natural e antropológica da América Latina. Fósseis e meteoros se misturaram com o luxo de príncipes e reis.

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