O Distrito Federal tem 330 terreiros de religiões de matriz africana. A maioria fica na Ceilândia, onde há 43, seguida por Planaltina, com 25 centros. As regiões do Gama, Sobradinho 1 e 2, Samambaia e Santa Maria possuem, em média, 15 terreiros cada.
O mapeamento dos terreiros do DF foi divulgado nesta quinta-feira (03) e é uma parceria entre Fundação Palmares, Ministério da Cultura e Universidade de Brasília.
O objetivo é, a partir do mapeamento, desenvolver políticas públicas para os terreiros e também combater a intolerância religiosa. Adna Santos de Araújo, conhecida como Mãe Baiana, lidera um centro de candomblé entre o Lago Norte e o Paranoá. Ela acredita que a visibilidade dada aos terreiros com o mapeamento ajudará no enfrentamento ao preconceito.
O terreiro liderado por Mãe Baiana, o Axé Oyá Bagan, foi alvo de um incêndio em 2015. O ato motivou o GDF a criar a delegacia de repressão aos crimes de intolerância.
Para o pai de santo Ricado Moreira de Oliveira, que lidera um centro de candomblé entre Sobradinho e Planaltina, o mapeamento dos terreiros reconhece uma cultura que é vítima de preconceitos.
O levantamento também revelou que 33% das casas de terreiro professam o candomblé, 57% a umbanda e cerca de 9% reúnem as duas vertentes, candomblé e umbanda.