A literatura de cordel agora é Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro. O título ao estilo também conhecido como folheto ou literatura popular foi concedido por unanimidade, nesta quarta-feira, pelo Conselho Consultivo do Iphan, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, em evento no Forte de Copacabana, na zona sul do Rio.
O encontro contou com presença de representantes do Ministério da Cultura. O presidente da Academia Brasileira de Literatura de Cordel, Gonçalo Ferreira, responsável pelo pedido de registro, comemorou o novo título.
Também presente ao evento, o ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, contou que o primeiro contato que teve com esse gênero literário aconteceu através da sua bisavó, que contribuiu para que ele se tornasse um leitor voraz de cordel durante a infância e adolescência. Sá Leitão ressaltou que considera justo o reconhecimento.
Mais popular no Norte e Nordeste do País, o cordel é caracterizado por versos e rimas impressos em folhetos simples, acompanhados de ilustrações.
A leitura do texto é feita de forma cantada, tradição nascida entre os próprios cordelistas, que declamavam seus versos como uma canção para atrair compradores.
O gênero acabou transformando em rima conquistas, sofrimentos, amores e, principalmente, a garra sertaneja.