A cultura negra pelos olhares de cineastas que conhecem bem essa realidade. A nova edição do tradicional Encontro de Cinema Negro Zózimo Bulbul teve início nesta quarta-feira e, este ano vai percorrer seis municípios do Rio de Janeiro. 
O evento já acontece há 14 anos com o propósito de valorizar a cultura brasileira e africana pelas lentes de diretores negros.
Em formato online, devido à pandemia, a edição de 2021 quer dar visibilidade aos territórios e a cultura preta na produção de cineastas dos municípios de Nova Iguaçu, São João de Meriti, Niterói, São Gonçalo, Cabo Frio e Búzios.
No vídeo de estreia do evento, a cineasta de Nova Iguaçu, na baixada fluminense, Milena Manfredini, conta que em seus filmes trabalha o conceito que ela chama de "oferendas filmícas", em que todas suas produções são concebidas como oferendas a pessoas.
Milena Manfredini tem dois filmes em exibição na mostra: "Guardião dos Caminhos", sobre o orixá Exu, e "Camelões", que tem os camelôs e artistas de rua do Rio como personagens.
Também homenageada no encontro e de Nova Iguaçu, Yasmim Tainá, afirma que encontrou no cinema seu propósito de vida. Para ela, o cinema torna possível mostrar estruturas que mudam o mundo atrás das narrativas audiovisuais.
A programação, que está recheada de filmes, homenagens e mesas de debates, vai até segunda-feira (09). Cada dia é dedicado à produção de uma região.
Toda a programação é gratuita e para acompanhar o circuito pela internet basta fazer um cadastro na plataforma todesplay.com.br.
O projeto "Itinerância" do Encontro de Cinema Negro Zózimo Bulbul é apoiado pelo Instituto CCR e o Ministério da Cidadania, por meio da Lei de incentivo à Cultura.
