O Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro chegou a marca de sete mil espécimes de Opiliones, a terceira ordem mais numerosa de aracnídeos. A coleta, que tem espécies raras, foi feita nos últimos três anos em seis estados brasileiros, na Colômbia e no Equador pela equipe coordenada pelo pesquisador Adriano Kury, do setor de Aracnologia.
Assim, a coleção de 200 mil aracnídeos, perdida no incêndio do Museu em 2018, vem sendo rapidamente recuperada, já que, segundo o pesquisador, todo o material destruído levou 100 anos para ser constituído e agora, em três anos, 16% deste total estão de volta.
Adriano Kury contou que as idas a campo em meio à pandemia não têm sido fáceis. Os pesquisadores adotam todos os protocolos de segurança e, desde março de 2020, têm evitado as viagens de avião.
Ainda na busca para recompor o acervo do Museu, Adriano Kury comemora o lançamento de um catálogo online com informações sobre espécies de aracnídeos de todo o mundo. Segundo ele, o levantamento começou a ser feito durante o isolamento social para conter a pandemia de Covid-19. O catálogo apresenta 2200 referências listando mais de 10mil nomes de aracnídeos.