Antes das páginas do livro... Os contos de vinho nasceram como postagens em uma rede social. Com o interesse dos seguidores pelo tema, a empresária e escritora Taiana Jung, levou a ideia para o papel por meio de financiamento coletivo.
Ela conta que “é um movimento muito novo que exige credibilidade, que a gente tenha o esforço de explicar, um letramento na temática. Tem gente que acha que tá te ajudando, como tem o vulgo nome do vakinha, e não é pra ajudar, você está investindo em uma causa.”
O empresário e escritor, Rui Marcos, é outro que aproveitou a ideia: “Acho que o financiamento coletivo é uma ótima estratégia, mas ela tem que ser muito bem feita, tem que fazer uma estratégia tanto financeira quanto de marketing e divulgação”.
O modelo de negócio conta com o engajamento dos leitores para o projeto se tornar realidade, como explica o professor de editoração na escola de comunicações e artes da Universidade de São Paulo, Paulo Verano: Os apoiadores ficam sabendo antes do projeto por meio de movimentação de rede de afinidade entre o proponente do projeto e quem se interessa pelos livros e a ideia que ao longo da campanha eles vão ficando sabendo mais e mais sobre o projeto e é isso que os motiva a apoiarem a publicação e torná-la viável e publicada efetivamente.
Enquanto o financiamento coletivo de um livro leva em torno de um mês para atingir a meta, o processo por meio de uma editora convencional é mais demorado. São pelo menos quatro meses de avaliação do projeto por uma equipe, com reuniões e pareceres de especialistas na área. Depois de aprovado, são mais cinco meses para a produção do livro. Para o diretor da Fundação Editora Unesp, Jézio Gutierre, a avaliação deve ter como foco a qualidade de conteúdo, e não a fonte de financiamento.
“Nós não recusamos esse tipo de sustentação da publicação, acho q é uma fonte interessante p q a gente fortaleça as editoras que estão interessadas em publicar livros de boa qualidade. Mas o fundamental é que esses livros passem pelo crivo independente de qualidade.” destaca o editor.
Ele completa ainda que : “Em edição dinheiro é tempo, quanto mais dinheiro você tem, mais rapidamente o livro sai, e muito frequentemente esse é o desejo dos autores e é nesse sentido mesmo que essas congregações de recursos podem ser interessantes para publicação do livro que se pretende publicar.”
Para que gosta de ler e, principalmente escrever, uma ótima opção....
